Novembro 8, 2024
A Academia Catalã de Cinema aconselha mulheres que acusam o diretor Eduard Cortés de assédio sexual | Cultura
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A Academia Catalã de Cinema aconselha mulheres que acusam o diretor Eduard Cortés de assédio sexual | Cultura #ÚltimasNotícias

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A Academia Catalã de Cinema lançou uma comissão para atender às denúncias contra o cineasta Eduard Cortés (Barcelona, ​​​​65 anos), membro da instituição, manifestadas nos últimos dias nas redes sociais por asseio (assédio e abuso sexual on-line) por diversas mulheres ligadas à indústria audiovisual “para determinar as medidas a tomar”. Além disso, como confirmaram duas dessas mulheres ao EL PAÍS, foi-lhes oferecido aconselhamento jurídico, através da advogada Carla Vall, e aconselhamento psicológico. É a primeira vez que esta comissão é lançada – composta por dois membros da Academia e uma terceira pessoa externa – e esta manhã ainda não tinha sido decidida a data em que se reuniriam. O EL PAÍS tentou entrar em contato com Cortés, sem sucesso.

As acusações nas redes sociais começaram no último fim de semana com uma história no Instagram publicada pela fotógrafa e diretora espanhola Silvia Grav (@silviagrav). “Este homem passou anos me fazendo asseio quando eu tinha 19 anos e ele 55 (ainda tenho as conversas), prometendo me ajudar profissionalmente e lá continua dirigindo filmes e séries na Espanha”, escreve sobre uma imagem do diretor no festival de Málaga. “Tive alguma intuição e nunca me encontrei pessoalmente, embora ele insistisse.” E pediu que as pessoas compartilhassem com ele se houvesse alguém que tivesse passado por situação semelhante.

Porque, destacou, para ter “1000% de certeza” de que não é a única. “Quatro anos de avanços sexuais contínuos são um padrão, não um caso isolado”, e sublinhou que Cortés apagou a conta do Facebook a partir da qual fez estas propostas, “provavelmente vendo-as chegando”. Em seu relato no X, Grav disse que em menos de três dias, outras 15 mulheres disseram ter sido vítimas de Cortés e compartilharam suas histórias com ela.

Agora estão se organizando, diz uma dessas mulheres em um tópico e confirmou ao EL PAÍS, para “decidir juntas qual a melhor forma de denunciar isso”, embora já tenha afirmado que sua intenção é denunciar os fatos juntas. “A verdade é que não conseguimos lidar com isso”, acrescenta.

Um momento das filmagens de 'Terra Alta'. No centro, de pé, dando instruções, Eduard Cortés.
Um momento das filmagens de ‘Terra Alta’. No centro, de pé, dando instruções, Eduard Cortés.Cortesia de Movistar Plus

Nesta quinta-feira, o jornal Compramos publicou que conta com depoimentos de 25 vítimas do cineasta catalão, todas anônimas, mulheres que sofreram abusos através das redes sociais Flickr, Facebook ou Instagram, e cujos casos vão desde o ano 2000 até “há algumas semanas”.

Cortés terminou de filmar a série na semana passada Terra Alta, produzido por Secuoya Studios e Movistar Plus+, que adapta o romance homônimo de Javier Cercas, um filme de ação que começa com o assassinato de dois importantes empresários da Catalunha. Um policial com um passado oculto se encarregará da investigação do crime. O elenco inclui Miguel Bernardeau, Ivan Massagué, Marta Etura, Bea Segura, Goya Toledo, Pere Ponce e Pablo Derqui, entre outros.

O projeto anterior de Cortés foi outra série, Nem mais um, produzido pela Netflix e estrelado por um estudante de 17 anos cuja vida dá uma reviravolta quando uma placa que diz “Cuidado: um estuprador está escondido aqui” está pendurada na fachada da escola. Cortés tem uma longa carreira. Depois de vários trabalhos televisivos, em 2002 estreou A vida de ninguém, com o qual foi indicado ao Goya de melhor novo diretor, e que se inspirou no caso real do empresário francês Jean-Claude Romand, que mentiu sobre sua vida profissional na Suíça, história da qual o romance já havia surgido. O adversário, de Emmanuel Carrère, e o filme O uso do tempo, por Laurent Cantet. Posteriormente Cortés dirigiu entre outros Outros dias virão (2005), pelo qual foi indicado ao Goya de melhor roteiro original; Ingrid (2009); Os Pelaios (2012), que narrou como a família García Pelayo quebrou o banco nos cassinos espanhóis; qualquer Perto da sua casa (2016), musical sobre despejos estrelado por Sílvia Pérez Cruz, que também compôs as músicas (de Ai, ai, ai ganhou o Goya em sua categoria) e a trilha sonora. Além disso, Cortés dirigiu as três temporadas da série TV3 Merlim.

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