Moscou, 17 jun (Sputnik).- A cúpula sobre a Ucrânia que ocorreu neste termo de semana na Suíça terminou sem resultados, disse o porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov.
“Se falarmos sobre a eficiência dessa reunião, ela tende a zero”, disse Peskov aos repórteres.
Além de avaliações objetivas ou subjetivas, segundo ele, “é difícil falar de alguns resultados neste caso”.
Questionado sobre a verosímil participação da Rússia numa segunda cimeira internacional sobre a Ucrânia, ainda sem data, Peskov descreveu a posição do Kremlin sobre o tópico porquê “transparente” e “consequente”.
“Foi formulado durante a reunião que o Presidente (Vladímir) Putin manteve na sexta-feira com altos funcionários do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo”, disse.
Essa iniciativa de tranquilidade, acrescentou, “continua na agenda”.
«Continuaremos a trabalhar com todos os países que o desejem. “É a posição do nosso presidente, que permanece simples ao diálogo, para discussões sérias, substanciais e úteis”, afirmou.
O representante do Kremlin afirmou que “a opinião universal”, e muitas delegações reiteraram isto na Suíça, é que “não pode ter qualquer discussão séria e sumoso na escassez da Rússia”.
Na sexta-feira, o presidente russo, Vladimir Putin, delineou um projecto para um cessar-fogo inopino e o início de conversações de tranquilidade com a Ucrânia, que consiste em quatro condições essenciais.
Assim, o líder russo condicionou a tranquilidade à retirada das tropas de Kiev dos novos territórios da Rússia – isto é, as repúblicas de Donetsk e Lugansk e as províncias de Kherson e Zaporozhye (Zaporizhzhia) – muito porquê à repudiação por segmento da Ucrânia dos planos integrar a OTAN.
Aliás, Putin insistiu num “status neutro, não desempenado e não nuclear da Ucrânia” e no levantamento de todas as sanções ocidentais contra a Rússia.
O presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, por sua vez, rejeitou a proposta, chamando-a de ultimato.
A Suíça realizou uma conferência sobre a Ucrânia nos dias 15 e 16 de junho perto da cidade de Lucerna, no multíplice turístico de Burgenstock.
A enunciação final da cimeira consiste em três parágrafos e apela ao revinda da médio nuclear de Zaporozhye sob o controlo de Kiev, garantindo a livre navegação nos mares Preto e Azov e libertando todos os prisioneiros de guerra.
Segundo os organizadores, das 92 nações presentes, unicamente 77 apoiaram o documento final, e a própria Suíça também se juntou a eles.
Os países que se recusaram a assinar o documento foram Arábia Saudita, Arménia, Bahrein, Brasil, Colômbia, Emirados Árabes Unidos, Índia, Indonésia, Líbia, México, África do Sul, Tailândia e Vaticano, muito porquê Iraque e Jordânia, embora estes duas nações apareceram na lista inicial de signatários devido a um erro.
Os presidentes dos Estados Unidos, China e Brasil não compareceram a esta reunião. A Rússia não foi convidada para o evento.
Segundo o Kremlin, é absolutamente ilógico e inútil procurar opções para resolver o conflito ucraniano sem a participação da Rússia. (Sputnik)