O concurso da Eurovisão permitiu a Israel apresentar perante a Europa um fingido espeque social ao homicídio indiscriminado de milhares de pessoas em Gaza. Seu representante, Éden Golan, recebeu até 323 pontos no televoto. Suporte que o impulsionou para a quinta posição. A Espanha tem sido um dos países que deu a pontuação máxima a Israel desta forma. Na votação do júri ficou em décimo segundo lugar com 52 votos.
O evento da Eurovisão ocorreu depois de algumas semanas turbulentas em que havia rumores de que o país sionista seria um provável vencedor e organizador do encontro do próximo ano. A controversa participação de Israel no meio da sua sangrenta ofensiva militar na Palestina, com quase 35.000 civis mortos, praticamente metade deles crianças, instalaram-se no meio do debate.
Aliás, na gala deste sábado não faltaram vaias à representante israelita, que ocorreram durante a grande maioria das suas aparições públicas nos últimos dias em Malmoa cidade anfitriã sueca do festival.
Intercaladas com aplausos, as vaias soaram ainda mais altas desta vez do que em ocasiões anteriores. Segundo a Efe, foi principalmente na reta final de sua apresentação que cantou sua música em hebreu, intitulada Furacão e em que exalta a resistência diante das adversidades.