Quinta-feira, 20 de junho de 2024
Ninguém contava com Marc Cucurella (Alellá, do Barcelona, faz 26 anos no próximo mês). Sua convocação para o torneio parecia pensada para ocupar uma vaga no banco e no supremo dar uma folga a Grimaldo, convocado nas piscinas para ser o lateral-esquerdo titular.
Havia razões para pensar assim. Veio de uma campanha magnífica no Bayer Leverkusen (12 gols, 19 assistências e vencedor da Bundesliga e da Despensa). Cucurella apareceu sem nenhuma partida solene pela Espanha e com uma campanha decepcionante no Chelsea (um gol, duas assistências e um péssimo sexto lugar com sua equipe).
Cucurella seduziu De la Fuente nos amistosos anteriores ao torneio e optou por ele uma vez que titular na primeira partida contra a Croácia. A decisão foi logo atribuída ao trajo de querer firmeza defensiva e não um lado tão ofensivo uma vez que Grimaldo. Esteve impecável e ao repetir a estreia frente à Itália fica simples que houve mais, o que é a aposta firme do treinador na lateral-esquerda.
Seu desempenho contra a Azzurra foi espetacular. Ele não protegeu unicamente Nico Williams, com quem tem um ótimo relacionamento. Venceu todos os duelos e apagou todos os incêndios que os italianos tentaram inflamar na sua superfície.
É um lateral com mandamento, vontade e velocidade. José Luis Mendilibar o converteu em lateral quando o jogou no Eibar em 2018-19. Uma das grandes virtudes do treinador do Olympiakos é a capacidade de definir os jogadores com franqueza e simplicidade.
“Ele não é rápido nem poderoso”, começou Zaldibar ao falar sobre Cucurella. «De todas aquelas medições que fazemos com tantas máquinas que temos, não cabe em nenhuma delas. Ou seja, você nunca assina. Mas ele é um jogador de futebol. Ele é esperto. Escolha muito. E você sempre coloca isso.
É isso que De la Fuente faz na Eurocopa. Depois de testar outros sete laterais-esquerdos (Jordi Alba, Bernat, Fran García, Gayà, Balde, Pedraza e Grimaldo), decidiu-se por aquele que Mendilibar nunca contrataria.