Tornou-se um símbolo durante os primeiros dias dos ataques de Israel a Gaza e agora, a foto de Mohammed Salem foi escolhida porquê a melhor do ano pela Foto da prelo mundial 2024que acaba de anunciar os vencedores absolutos desta edição, depois de anunciar recentemente os trabalhos selecionados nas diferentes categorias e regiões.
É verdade que os símbolos, pelo menos os fotográficos, duram e impactam cada vez menos. Na verdade, essa imagem dura de uma mulher segurando o sucumbido amortalhado de sua sobrinha provocou muitas reações na era. Mas rapidamente não significou zero comparado com a subsequente barbárie e dezenas de milhares de vítimas civis causadas pelos bombardeamentos de Israel.


Uma foto poderosa, triste e respeitosa, destaca o júri. Uma imagem em que vale lembrar que além dos números assustadores de assassinados, os protagonistas têm nomes: Inas Abu Maamar é uma mulher de 36 anos, e Saly, a moça morta, tinha cinco anos quando um míssil israelense acabou com sua vida e o de sua mãe e mana.


Quanto ao resto dos prémios globais, o trabalho de Lee Ann-Olwage sobre a demência em Madagáscar e porquê esta doença é estigmatizada foi escolhido porquê a melhor história do ano.


As Duas Paredes do venezuelano Alejandro Cegarra foi escolhido porquê o melhor relatório longo do ano. Um trabalho que começou em 2018 e que aborda a mudança nas políticas de imigração no México, um país tradicionalmente simples mas que tem vindo a fechar as suas fronteiras. O facto de o próprio responsável ser também um migrante, salienta o júri, torna a sua opinião principalmente interessante.


Finalmente, dentro da categoria Formato simples, Julia Kochetova e seu projeto A guerra é pessoal eles ganharam o prêmio. É um site que, porquê quotidiano da guerra ucraniana, tenta ir além dos habituais dados, mapas e estatísticas na informação de guerra.