Nove da manhã do dia 26 de outubro de 2023. Muitos meses se passaram, mas aquele dia foi o dia. O dia em que “a única coisa que importava era o paixão porque quando há paixão tudo funciona e isso é paixão, isso é Paixão é para sempre“. Termo de Dom Pelayo.
Naquele dia na Cidade da Imagem, em Madrid, soprava um vento infernal, chovia às vezes, mas quando chovia era aos trovões. O firmamento estava completamente cinza. Um dia triste, porquê dizem; “perfeito”, disseram em uma das plataformas Paixão é para sempre. Muitos meses se passaram, mas aquele dia foi o último dia de uma das séries mais antigas da televisão espanhola, o último dia de filmagem Paixão é para sempre.
Seis meses se passaram desde aquela triste tarde e ontem à noite, os espectadores que há tantos anos – 18 se somarmos os anos de Amar em tempos difíceis em La 1 e os de Paixão é para sempre na Antena 3 – têm sido fiéis seguidores, puderam finalmente ver o incidente final e a grande despedida que a equipa, que o seu realizadorEduardo Casanova, e que os atores se prepararam para se despedir em grande estilo de uma das ficções que mais fez pela televisão em Espanha: uma ficção que destacou a valia das séries diárias, das séries depois do jantar, mormente numa estação em que os telespectadores têm milhares de teor para escolher e ver quando quiser. A série que acompanhou tanta gente na hora do moca por tantos anos se foi.
Foi um dia de lágrimas, aplausos, buquês de flores, tristeza, champanhe, risos e orgulho. “Quando me disseram que não iriam mais renovar temporadas de Paixão é para sempre No início eu senti pena porque para mim Paixão é para sempre “É a minha série”, explicou Jaume Banacolocha, CEO da Oblíquo TV, produtora da série, a levante jornal minutos antes da última cena ser filmada. “Mas pensei imediatamente que se tivesse que terminar, terminaria em subida, com bons dados de audiência e sem ter mostrado quaisquer sinais de desgaste”afirmou nervoso enquanto na sua frente passavam por um detrás de outros membros da equipe a quem ele inconscientemente perguntava “porquê vai você?”
Banacolocha esperava detrás da porta que dava entrada à plataforma 2, o famoso Asturiano e a mítica Plaza de los Frutos, o lugar onde Eduardo Casanova decidira que deveria ser o término. Foi um dia extenuante, porquê qualquer outro dia de filmagem, mas com um bônus suplementar, a emoção de fechar uma vida inteira dedicada a Amar. 18 anos se dizem logo, passam rápido, mas significam tudo, principalmente para os atores que desde 2005, quando foi transmitido pela primeira vez na La 1, fizeram viajar milhões de telespectadores por diferentes períodos, mas, supra de tudo, pela sua história.
Gravação da cena final de Amar es para siempre.
por tanto tempo Paixão é para sempre Acompanhou milhões de telespectadores em jantares e deu trabalho a centenas de atores, servindo de terreno fértil para muitos jovens e dando novas oportunidades de sazão e, em muitos casos, talentos esquecidos. O coração de Amar Sempre esteve na Plaza de los Frutos; sua psique, os queridos donos do bar El Asturiano, Manolita (Itziar Miranda), Marcelino (Manu Baqueiro) y Pelayo (Jos Antonio Sayagus). Não poderia ser zero mais do que os três que levariam sua série para o preto.
“Se for uma série terá que insistir muito tempo”, disse Manu Baqueiro, o querido Marcelino Gómez, em sua última frase. “Só espero que reflita todo o paixão que temos um pelo outro, porque nosso paixão é para sempre.”respondeu Itziar Miranda, Manolita, tentando sofrear as lágrimas, segurando a mão de sua Marce, de seu Pelayo (Jos Antonio Sayags) e… “Corta! O paixão acabou para sempre”Casanova gritou, envolvido em lágrimas. Foi o final, a última cena, as últimas frases da série de um dia em que EL MUNDO pôde ver em primeira mão que uma série pode deixar de ser série e se tornar veras. Porque Paixão é para sempre era a veras 1.500 atores que passou por seu 11 anos na Antena 3dos mais de 27.000 figurantes e dos mais de 150.000 minutos de transmissão. Uma vida inteira, uma vida inteira.
“Obrigado a todos pelo seu trabalho inestimável em todas essas temporadas. Agradecemos o esforço, dedicação e profissionalismo de todos estes anos!“. Há 18 anos, todas as semanas a equipe da Oblíquo TV, produtora da série, enviava a todos os integrantes da série o projecto de gravação semanal, que detalhava tudo, desde o horário de saída de cada ator, seu horário de cabeleireiro, , para fantasias, se tiveram que lavar o cabelo ou unicamente se maquiar ou o que foi filmado no set 1 e o que foi filmado no set 2. Porém, o projecto semanal de Paixão é para sempre da semana de 23 a 26 de outubro de 2023 foi a última, a definitiva, aquela que terminava com a frase que encabeça levante parágrafo. Porquê as despedidas começaram praticamente no mesmo dia soube-se que não haveria mais estações.
“Amar em tempos difíceis é Paixão é para sempre“disse Eduardo Casanova, “em suma, amar o que fizemos durante 18 anos de nossas vidas, amar, amar incondicionalmente”, repetiu. Ao seu lado Miriam Daz Aroca (Elena Santacruz) sofria a cada “galanteio, vamos de novo”, a cada repetição do companheiro Itzi. Eu sabia que estava sofrendo e queria que toda aquela emoção reprimida saísse de uma vez por todas.
“Eu levantei a cortinado Amar 18 anos detrás e hoje é a minha vez de baixá-lo.”
Não é tanto o trabalho, mas sim a secção emocional, ouviu-se alguém da equipe expressar enquanto preparava a cena final. Itzi, porquê a chamavam seus companheiros, Manu e José Antonio retiraram-se para outro quarto, que serviu durante todo o dia para seu mar de lágrimas. “Eles choraram o dia todo”, reconheceu uma das maquiadoras enquanto corria detrás da atriz para esconder o inchaço nos olhos. Eles não queriam conversar, não era o dia, era “muito difícil”.
Despediram-se da segunda família com quem cresceram e viveram durante 18 anos. Para cada personagem que filmou sua última cena naquela tarde, uma salva de palmas encheu o set. Eles podiam ser ouvidos da rua, apesar do vento infernal que movia árvores e placas na Plaza de los Frutos.
“Esta é minha lar, minha lar há mais de 10 anos”Jons Beram (Ignacio Solano) disse chorando. O ator tinha terminado de fazer sua última cena da série e havia a depressão que ele tentava sofrear o dia todo. A barragem havia rompido, a dele e de outros. Ele abraçou o diretor, Manu, Itzi, cada um de seus colegas. Detrás das câmeras mais pessoas chegavam. Ninguém queria perder a grande final. “Por obséquio, não deixem ninguém postar zero nas redes sociais”, alertou Laura, a assessora de prensa que permaneceu vigilante durante as mais de nove horas de filmagem para que zero fosse revelado. Foi difícil, muito difícil. O importante é que ninguém descobriu o final que a série preparou para todos os telespectadores. Foi a sua forma de agradecer, de transmitir aquele paixão que sentem todos os dias.
Era hora de mudar de avião. Todas as câmeras voltadas para o outro lado de El Asturiano. Foi necessário colocar uma dúzia de cadeiras nas quais se sentaram os atores presentes na cena final; os pratos com os croquetes, a lasanha, as batatas fritas. Deveriam ter sido minutos de tranquilidade, mas não foram. “Nunca tive tanta gente a observar o meu trabalho”, disse Eduardo Casanova na tentativa de acalmar uma emoção cada vez mais impossível de sofrear. Itzi e Manu não se separaram por um segundo, não queriam que ninguém ficasse sozinho em nenhum momento. Ambos estavam mais do que conscientes de que representavam a secção mais difícil, representavam a cena em que, além de ter que repetir até seis vezes, seria a última. Ela deixou de ser Manolita, ele deixou de ser Marcelino.
Hoje já não precisavam de se levantar cedo, nem de ir buscar o sege de produção, nem de ir ao cabeleireiro ou de testar os fatos. Itzi, com certeza, depois de muitos anos terá levado a filha à escola: “Porquê isso é difícil! Amar É um dom da vida, é uma família, a minha família. Outro dia minha filhinha começou a chorar e me disse que estava chorando porque não queria que aquilo acabasse. E perguntei por que se ele sempre reclamava que não podia levá-la para a escola. E você sabe o que ele me contou? Porque toda vez que alguém te pergunta se você não está cansado Amarvocê sempre responde não porque em Amar Você está absolutamente feliz.”
A equipe Amar é para sempre entrega buquê de despedida para Itziar Miranda.
Na verdade, Itziar Miranda ficou encarregado de expressar as últimas palavras da última cena de Paixão é para sempre com um Manu Baqueiro que não aguentava mais, com um José Antonio Sayagus com o lenço na mão, com o diretor tirando o elmo e colocando as mãos no rosto, enquanto o roteiroum dos figurinistas, outro dos sets apoiou as mãos nos ombros dela: “Vamos, Ed.”.
E Edu, e Itzi, e Manu e José Antonio conseguiram. “Ao vivo O paixão é sempree!”, gritou toda a equipe posteriormente o “galanteio” do diretor. As dezenas de pessoas reunidas detrás da câmera seguravam o celular com uma mão e o clone com a outra. Agora sei que acabou. Paixão é para sempre. “Eu levantei a cortinado Amar Há 18 anos e hoje é a minha vez de baixá-lo”, disse Banacolocha em pleno El Asturiano.
Manu permaneceu, o mais sofrido, aquele que só chorava diante das câmeras quando olhava o retrato do pai na ficção: “Fiquei chorando o dia todo… Quero agradecer a toda equipe porque sei que em alguns momentos tive meu personagem, mas eu dei tudo de mim nisso e você também. Quando comecei cá, há 18 anos, disseram-me que só tinha seis meses e se me saísse muito. Olhe agora… Obrigado por nos deixar jogar. Você é o anfitrião e nós fizemos história! Hoje são lágrimas, mas quando nos distanciarmos perceberemos que coisa maravilhosa fizemos.“.
Logo veio o último suspiro: “Viva Paixão é para sempre!”