VALLADOLID, 11 de fevereiro (EUROPA PRESS) –
‘A Memória Infinita’ (Chile), de Maite Alberdi, foi premiado neste sábado com o Prêmio Goya 2024 de Melhor Filme Ibero-americano. Esta é a primeira vez que um cineasta ibero-americano ganha o ‘cabeçudo’, com um filme que também está nomeado para os Óscares.
Ao receber o prémio, a cineasta lembrou ao seu país que nestes dias passou “dias de luto vernáculo” pelos incêndios que deixaram dezenas de mortos.
Alberdi, a primeira mulher a vencer nesta categoria, que desde a sua geração em 2011 é dominada por homens, destacou que a ‘Memória Infinita’, que aborda o Alzheimer, lhe ensinou “sobre diferentes lutos pessoais”.
Nesse sentido, o diretor do filme, também indicado ao Oscar, afirmou que “a forma de erigir a memória coletiva é pela paixão” e “não tanto pelas figuras”.
“A memória histórica constrói-se narrando e partilhando a dor”, afirmou, para agradecer a todos aqueles que a ajudaram a “perfurar o seu caminho” em Espanha e aos seus pais por lhe terem mostrado a gala Goya na televisão “desde muchacho”.
O filme superou Psique viva (Portugal), de Cristèle Alves Meira; ‘La pecera’ (Porto Rico), de Glorimar Marrero Sánchez; ‘Puan Puan’ (Argentina), de María Alché Benjamín; e ‘Simón’, de Diego Vicentini (Venezuela).
A Liceu Espanhola de Artes e Ciências Cinematográficas apresenta oriente sábado os Prémios Goya, os prémios mais importantes atribuídos ao cinema espanhol, que celebram a sua 38ª edição, protocolo que decorre na Feira de Valladolid.