Maio 10, 2025
a série espanhola que quer ser a mais inteligente da turma

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  • Escrito por Amaya Muruzábal e Salvador Perpiñá, dirigido por Koldo Serra
  • Transmitido no Prime Video, também dublado e legendado em catalão

Uma vez que é alguém com QI de 242? Antonia Scott (Vicky Luengo), protagonista de rainha Vermelha, nos é apresentado pela sinopse uma vez que a pessoa mais inteligente do planeta. Essas altas habilidades fizeram dele a estrela da organização do título, uma dependência secreta dedicada a investigar diversos casos por meios não oficiais. Para protegê-la, ela conta com um policial desgraçado, Jon (Hovik Keuchkerian), com quem forma a enésima dupla de detetives complementares que acabam se adorando apesar das diferenças.

A adaptação seriada do fenômeno literário escrita por Juan Gómez-Jurado nos apresenta o protagonista sentado no peitoril de uma janela com um gesto suicida. A seguir a vemos em outros cenários possíveis de morte autoinfligida, numa sequência que nos mostra tanto a destreza mental de Antonia em imaginar formas de se matar quanto sua vulnerabilidade emocional. A série distancia-se à primeira vista da imagem da pessoa superdotada uma vez que uma máquina pensante impermeável à verdade externa. Cá apontamos o verosímil desgaste de ler o seu envolvente uma vez que um espaço de dados infinitos para processar e o dispêndio vital que um talento dessas dimensões acarreta. Mas rainha Vermelha acaba introduzindo um elemento mais circunstancial e prosaico para explicar as crises mentais que Antonia sofre. E por termo a protagonista não é tão dissemelhante do perfil recorrente de uma mulher luminoso mas com poucas habilidades sociais que vimos nas diferentes adaptações da trilogia. Milênio por Stieg Larsson, nas variantes de A Ponte ou mesmo em Gambito da Rainha. Também não é novidade que o processo de raciocínio do protagonista é visualizado, e não unicamente narrado. O “palácio da mente” foi uma das contribuições mais célebres do Sherlock que Benedict Cumberbatch jogou.

Hovik Keuchkerian é quem mais salva o show

Não há problema em uma série replicar padrões narrativos muito conhecidos na ficção. No final das contas, estamos diante de um filme de ação detetive que não esconde suas múltiplas raízes e referências. Mas também estamos falando de uma série que quer ser a mais inteligente da turma quando não apresenta sequer uma única originalidade, personalidade ou proposta criativa. O enredo de rainha Vermelha É construído a partir de pregações com reviravoltas e surpresas no roteiro, sem gerar nenhum tipo de intriga real, não diremos mais credível. Agradecemos que em um momento seja citado O Silêncio dos Inocentes, porque é uma forma de reconhecer uma vez que uma das montagens paralelas que brincam com as expectativas do público e dos personagens é retirada diretamente de uma sequência homóloga do filme de Jonathan Demme. Tudo o que tem a ver com o maligno é também frustrante. Não há uma vez que desenvolver um opositor carismático e perturbador, estamos diante de uma repetição de psicopatas dos quais perfil expirou há mais de uma dez. E é surpreendente a tibieza quando se trata de extrair os suculentos paralelos com o mundo real das duas famílias das vítimas: o empresário todo-poderoso que deixou o negócio nas mãos da filha e o banqueiro mais rico de Espanha.

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Levante é o problema com rainha Vermelha, tudo são ideias já desgastadas e sem fundo, queima de lascas com mais pretensões que teca. Hovik Keuchkerian é quem mais salva o espetáculo, demonstrando mais uma vez que é capaz de tornar persuasivo qualquer personagem, mesmo aquele que está bêbado e obrigado a repetir indefinidamente que é possante, e não gordo. Olha, uma vez que Obelix.

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