Marrocos iniciou manobras militares perto da costa das Ilhas Canárias. O governo das Canárias pediu explicações mas não obteve respostas. O que se sabe é que os exercícios terão duração de três meses e que será um desdobramento em grande graduação da Marinha. O jornalista Enrique Serbeto analisa esta sexta-feira no La Linterna o que está por trás dessas manobras e a verdadeira razão do governo marroquino para iniciá-los.
Segundo explica, o país africano alertou previamente para estes movimentos, uma vez que existem códigos marítimos pelos quais é preciso avisar aos navios pesqueiros e mercantes que vão ter manobras militares numa determinada extensão, “porque caso contrário pode ter um acidente”. .””, esclarece. “E eles fizeram isso, do jeito que fazem, publicam as coordenadas e os horários.”
Por que Marrocos realiza as manobras nas Ilhas Canárias
É simples que Serbeto inicia sua estudo enfatizando no COPE que Estas manobras militares “não são comuns” e, de facto, “Marrocos realizou algumas manobras importantes no verão pretérito, o que costuma fazer todos os anos com os Estados Unidos e qualquer outro país”. Quanto aos motivos, para o comentador parecem ser “a resposta ao pregão da posição do advogado-geral da União Europeia no tribunal luxemburguês que prepara uma próxima decisão sobre o convenção UE-Marrocos.”
Uma decisão que dirá que é proibido para a UE considerar o Sahara porquê território marroquino, muito porquê as suas águas. “Dá-me a sensação de que o que Marrocos está a fazer são grandes manobras, e especificamente nas águas do Sahara, expor que consideram que aquelas águas lhes pertencemdiga o que disser a justiça europeia”, esclarece Serbeto a Rubén Corral.
É simples que, para o colaborador do La Linterna, não basta considerar que a Espanha deveria estar em alerta militar, “mas Sim, é verdade que reaviva enormemente a situação do conflito do Sahara Ocidental.”. “Estão a dizer-nos que esperam que a Espanha manobre na UE para resolver esta situação, o que eu sei é porquê, porque a justiça é clara”, afirma. Em todo o caso, para o comentador geopolítico, o governo marroquino “está a dizer-nos ‘tenha zelo, tenha zelo’”.
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Na verdade, Serbeto centra-se precisamente naquelas manobras de verão com os Estados Unidos que referiu antes: “Li que a Espanha recusou participar para não assustar a Argélia”. “Continuamos naquela situação perversa em que tudo o que fizermos será usado contra nós, seja pela Argélia ou por Marrocos”, lamenta.
Uma estratégia sem recompensa
Para o jornalista da ABC, Marrocos costuma jogar globo com Espanha e França, quando se irrita com um aproxima-se do outro. “Mas, obviamente, a posição de ceder tudo mostrou que não obtivemos absolutamente zero em troca”, comenta referindo-se às últimas decisões das Relações Exteriores.
Assim, recorde-se que as alfândegas “continuam fechadas” e “não há qualquer tipo de indemnização” pela movimento da Moncloa no Sahara. “Não estou dizendo que Marrocos deva ser maltratado, mas não se pode permanecer nesta situação de uma indemnização detrás da outra”, conclui.