Março 22, 2025
Acidente doméstico obriga Lula a participar à distância da cúpula do BRICS
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O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, 78 anos, estava fazendo a mala para fazer uma longa viagem à Rússia para participar da cúpula do BRICS quando, na noite de sábado, sofreu um acidente doméstico, uma queda na qual bateu nas costas de sua cabeça. Ele recebeu cinco pontos e, após passar por diversos exames em um hospital de Brasília, os médicos recomendaram que ele cancelasse a viagem – um vôo de 17 horas – para que Lula participasse por videoconferência do conclave com seus pares Vladimir Putin (Rússia), Narendra Modi (Índia), Xi Jinping (China) e Cyril Ramaphosa (África do Sul), que se reunirão de terça a quinta-feira na cidade russa de Kazan.

O médico pessoal do presidente Lula, Roberto Kalil, explicou a situação ao O Globo: “Ele teve uma contusão na região occipital, na nuca, foi um trauma forte, que resultou no que chamamos de contusão cerebral, um ponto mínimo de hematoma. É improvável que esse hematoma evolua.”

Lula estava em sua residência oficial, o Palácio da Alvorada, no banheiro, quando sentou em um banco, perdeu o equilíbrio e caiu. Ele bateu com força na nuca e abriu uma brecha. Ele foi imediatamente levado a um hospital onde o ferimento foi suturado e vários exames foram realizados. Os profissionais que o atendem consideram que o presidente pode continuar com sua agenda de trabalho, mas em Brasília. Nos próximos dias, o presidente do Brasil fará novos exames para ver como evolui a lesão.

No ano passado, ele foi submetido a uma cirurgia para instalação de uma prótese de quadril e, em 2023, teve um nódulo retirado da garganta. Nesta segunda-feira ele tuitou uma foto em que é visto com um ministro e um assessor em sua residência.

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Na ausência do presidente, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, liderará a delegação brasileira neste fórum que nasce como uma aliança de países em desenvolvimento para promover a cooperação fora do eixo ocidental e construir um sistema internacional multipolar.

Os BRICS são, neste momento, o principal instrumento multilateral da política externa brasileira, que nos últimos meses concentrou seus esforços nos preparativos para a cúpula do G-20 que será realizada no Rio de Janeiro, em novembro. Por enquanto, Xi confirmou presença e Putin anunciou que não comparecerá, o que alivia Lula de problemas já que ele é russo e é procurado pela justiça internacional.

Putin é o anfitrião desta reunião dos BRICS que acontece quando a invasão russa da Ucrânia está no seu terceiro ano e um mandado de prisão emitido pelo Tribunal Penal Internacional pesa sobre ele. Os seus parceiros, especialmente a China, têm sido cruciais para que o impacto das sanções ocidentais na economia russa tenha sido menor do que o previsto pelos seus promotores.

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Será também a primeira reunião de chefes de estado desde que os cinco membros do clube (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) admitiram vários novos membros em agosto de 2023. Portanto, o quinteto será acompanhado nesta ocasião por representantes do Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã. A Arábia Saudita ainda está considerando aceitar o convite, enquanto a Argentina, com Javier Milei como presidente, recusou o convite. De qualquer forma, com as incorporações, que representam um triunfo para a China sobre a relutância da Índia e do Brasil, as democracias, que eram maioria, tornam-se minoria nos BRICS.

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Dentro do clube heterogêneo coexistem duas almas, uma conciliadora, que quer estar em boas relações com os tírios e os troianos; e outro antiocidental. O analista brasileiro Oliver Stuenkel aponta em artigo na publicação Américas trimestralmente nesse contexto para argumentar que, para o Brasil, os benefícios de pertencer ao BRICS foram reduzidos enquanto os riscos aumentaram. “É altamente improvável que o Brasil e a Índia (e, em menor medida, a África do Sul), que procuram construir uma estratégia de equidistância entre os principais centros de poder e não desejam reduzir os seus laços com o Ocidente, consigam evitar completamente a narrativa fortemente antiocidental desta cimeira dos BRICS”, escreve ele.

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