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Diz que pagou renda de até três apartamentos em Madrid para onde Ábalos e Torres foram na companhia de “moças”
MADRI, 16 (EUROPA PRESS)
O alegado autor do ‘caso Koldo’, o empresário Víctor de Aldama, afirmou esta segunda-feira no seu depoimento como arguido perante o juiz que investiga o alegado complô no Supremo Tribunal (TS) que foram pagos entre 3,5 e 4 milhões de euros. comissões para a adjudicação de obras públicas, alguns supostos subornos que ele detalhou foram compartilhados com o ex-ministro dos Transportes José Luis Ábalos, seu ex-assessor ministerial Koldo García e também com o PSOE.
Foi o que transmitiu ao instrutor Leopoldo Puente durante as mais de três horas que durou sua aparição, segundo fontes jurídicas consultadas pela Europa Press. É a segunda vez que o empresário testemunha em tribunal sobre o chamado ‘caso Koldo’, embora na ocasião anterior o Supremo Tribunal ainda não tivesse assumido a jurisdição, pelo que falou perante o juiz do caso no Tribunal Nacional (AN ), Ismael Moreno.
As fontes presentes durante o interrogatório indicam que De Aldama confirmou o que foi anteriormente afirmado, tanto verbalmente como por escrito em ambos os tribunais e, especificamente, sustentou que estiveram envolvidos entre 3,5 e 4 milhões de euros em comissões de adjudicação de empreitadas de obras públicas e que, destes, havia uma parte para ele, uma para Ábalos e outra para Koldo. Havia também uma comissão para o PSOE, segundo o que o próprio Koldo lhe contou.
Aldama chegou a dizer que desempenhou o papel de colecionador. Para cada contrato foi solicitada uma comissão entre 1% e 1,5%, embora tenha sido esclarecido que também existem “marcos” para adjudicação, execução ou modificação. E a distribuição foi feita a partir desse total. Como nem Ábalos nem o PSOE podiam pedir o dinheiro diretamente, cabia a ele a recolha e a distribuição, afirmou.
Questionado sobre a existência de uma “quota” com construtoras que, segundo disse no Tribunal Nacional, despertou a ira do Secretário de Organização do PSOE, Santos Cerdán, porque o alegado lote estava a entrar em território já distribuído, reiterou que foi assim e mencionou a Acciona e outras empresas do setor.
O empresário mostrou algumas capturas de tela do WhatsApp com as quais pretendia testar o jogo de mordidas e premiações. Segundo disse ao TS, ele fornecerá um documento com cópias de diversas conversas do WhatsApp. As fontes consultadas especificam que uma das mensagens seria uma captura de tela de um manuscrito que, como foi defendido, é de Koldo e inclui obras a serem premiadas.
APARTAMENTOS AIRBNB
O alegado realizador do “caso Koldo” insistiu novamente que também houve pagamentos em espécie. Neste sentido, esclareceu que, além do apartamento da rua Atocha, em Madrid, onde disse que o ministro da Política Territorial e Memória Democrática, Ángel Víctor Torres, ia reunir-se com pessoas, havia outros dois – no Bairro de Salamanca e no Bairro Justicia–, cujos aluguéis eram pagos através do Airbnb e para onde Torres e Ábalos iam na companhia de “jovens”.
Na mesma linha, reiterou o que estava escrito sobre o facto de ter comprado um apartamento no Paseo de la Castellana, em Madrid, por 1,9 milhões de euros, que pretendia ser uma espécie de “garantia” para Ábalos por parte das construtoras. tinham pré-adjudicado contratos de obras públicas. Porém, ele comentou que tinha um ‘invasor’.
Vale lembrar também que o empresário já apontou no passado um quarto andar, o da Plaza España em Madrid, ocupado pela senhora JRG, que mantinha uma “relação particular” com o ex-ministro dos Transportes. De Aldama acrescentou esta segunda-feira que até pagou os estudos da então namorada de Ábalos.
NO ANDAR NOBRE DO MINISTÉRIO
Quanto aos pagamentos em dinheiro, desta vez Aldama especificou que deu 175 mil euros em mãos a Ábalos em vários lotes, e que para fazer essas entregas de dinheiro dirigiu-se tanto à casa do então líder socialista como ao Ministério. No total, sublinhou que deu ao antigo ‘número três’ do PSOE cerca de 450 mil euros em dinheiro e a Koldo cerca de 200 mil.
De Aldama localizou a sua relação com Koldo e Ábalos um ano antes do início da pandemia do coronavírus, na sequência daquela viagem ao México em fevereiro de 2019 para a qual – conforme declarado na AN – o Presidente do Governo, Pedro Sánchez, tirou uma foto com ele em agradecimento pelos seus esforços, que teriam permitido a obtenção da obra do chamado ‘comboio maia’.
Porém, foi em plena pandemia quando a confiança era tanta que entrei nos Transportes pela porta do ministro e subi ao piso principal. De facto, detalhou que o então secretário-geral dos Portos do Estado, Álvaro Sánchez Manzanares – arguido na AN – incriminou De Aldama mais no Ministério do que na Management Solutions, empresa que obteve os contratos de materiais de saúde.
Relativamente à compra de máscaras, referiu inúmeros problemas, desde a alegada indignação nos Portos do Estado pelo facto de Koldo ter desviado as primeiras que chegavam para os Transportes, Interior e Correios, até ao facto de dos governos de Torres nas Ilhas Canárias e Francina Armengol nas Ilhas Baleares Informou que receberam material defeituoso e que pediu a Ábalos que intercedesse junto a ambos para o consertar e que o teria feito.
TRÁFICO DE INFLUÊNCIA
Questionado sobre novos nomes, De Aldama disse que chegou um momento em que pagou comissões a Ábalos para abrir as portas a outras administrações e ministérios, no que ele próprio definiu como claro tráfico de influência.
Em particular, comentou que pediu para ver os então Ministros da Indústria e da Transição Ecológica, Reyes Maroto e Teresa Ribera, respectivamente. Mencionou também o então Diretor de Rodovias, com quem declarou tratar diretamente das licitações e adjudicações.
A este respeito, destacou que Koldo pressionou bastante a então presidente da ADIF, Isabel Pardo de Vera, para os concursos e prémios.
De Aldama descreveu a sua relação com Pardo de Vera como regular, a ponto de afirmar que ela até lhe transmitiu as suas queixas sobre o assessor ministerial. Ela disse a ele, segundo sua história, que estava cansada da situação porque não era possível que uma empresa que fosse a última ganhasse o contrato.
Foi o que disse De Aldama durante o seu comparecimento ao tribunal, ao qual chegou num carro acompanhado pelo seu advogado e proprietário da empresa Desokupa, Daniel Esteve, que também foi buscá-lo ao Palácio de las Salesas.
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