Março 21, 2025
Ángeles Caballero: “Apresentar o livro de Pedro Sánchez é uma enorme responsabilidade.  “Não quero que a síndrome do impostor assuma o controle.”

Ángeles Caballero: “Apresentar o livro de Pedro Sánchez é uma enorme responsabilidade. “Não quero que a síndrome do impostor assuma o controle.”

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Embora pareça que o jornalista Cavaleiro dos Anjos (Madrid, 1976) tenta nesta obra exorcizar-se dos seus demônios passados, em Parques de diversões também fecham (harpa, 2023), sua obra de estreia, conta-nos que “encontrou um caminho para a catarse”. Contribuidor de mídia porquê O paíso sexto ou LaserEm sua biografia, Caballero narra a história de sua família, especificamente de seus pais, num olhar direto para a mais dura veras, às vezes unicamente protegida por um filtro de sarcasmo: quando começam a vanescer, até finalmente se extinguirem. A vetustez, a doença e a morte dos pais, a “lei da vida”, que ela teve que enfrentar praticamente sozinha. Mas também conhecê-los mais profundamente, descobrindo coisas das suas histórias dos últimos dias que foram desconhecidas ao longo da vida, ou a forma de estar no mundo das gerações que viveram os estragos da guerra.

Cavalheiro pega o telefone no meio do dilúvio. Não é metafórico, em Madrid chove muito. Embora tenhamos devotado grande secção da entrevista ao livro, que foi publicado na primavera, há outro tema que empurra a nossa conversa para outro lugar. O prólogo de sua obra é assinado pelo apresentador de televisão Jorge Javier Vázquez. E é com ele que apresentará mais um livro hoje, segunda-feira: Terreno firmea segunda obra do presidente do Governo e secretário-geral do PSOE, Pedro Sanches. Ela está inquieta, mas convencida de que será uma experiência enriquecedora. Ele carrega debaixo do braço o livro do político, marcado com dezenas de anotações e post-its. Ela teme não encontrar o tom patente para a entrevista, “ser simpática sem ser palhaça”, porém confia no julgamento de quem a escolheu para apresentar ao mundo a obra do líder socialista. Conversamos com ela sobre seu livro, o desvelo, a apresentação do trabalho e muitas outras coisas.

De onde vem a premência de ortografar? Parques de diversões também fecham?

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Basicamente nasce da minha falta de vergonha de descrever minhas coisas. Desde que me dediquei ao colunismo, tenho encontrado muito mais respostas positivas, mais carinho dos leitores, quando compartilho um tanto do meu dia a dia. Não necessariamente ruim. Minhas cenas cotidianas porquê mãe, porquê jornalista, porquê pessoa sem carteira de motorista. Logo quando comecei na período em que tinha que cuidar dos meus pais, logicamente essas cenas eram mais tristes. Mas foi precisamente aí que descobri que havia muitas pessoas com uma emoção semelhante. Eles me disseram: “Você colocou em palavras coisas que senti ou sinto neste momento da minha vida”. Pareceu-me um grande encómio porque os escritores de que sabor são aqueles que contam as coisas que sinto mas não sabem explicar. Entendi também que o desvelo é uma cola muito possante, que tem ideologia e política próprias. Minha mãe ainda estava viva e comecei a tentar ortografar. Eu, que sou uma mulher de artigos curtos, de uma página e meia. No início parei porque o que saiu ficou muito preto. Uma tristeza muito profunda, um acerto de contas. Uma vez que nos meus 48 anos de vida acredito que as piadas e os risos sempre prevaleceram, resolvi parar.

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