O Bankinter anunciou esta quarta-feira o seu primeiro grande movimento estratégico desde que Gloria Ortiz assumiu o incumbência de CEO no final de março, substituindo María Dolores Dancausa. Absorverá a subsidiária Evo Banco, de sua propriedade, em procura de menores custos e maior rentabilidade. O projeto foi confirmado esta quarta-feira pelos conselhos de governo das duas entidades e, uma vez obtida a aprovação dos reguladores, deverá estar concluído no primeiro semestre do próximo ano.
Evo Banco é o quinto maior neobanco da Espanha. Quase não possui agências, ao contrário do 360 do Bankinter, e desenvolve toda a sua atividade de forma do dedo, o que lhe permite apostar nos canais virtuais e lançar melhores ofertas em produtos uma vez que os depósitos. Dentro deste ecossistema, a maior entidade é a Imagin, pertencente ao CaixaBank, avante da britânica Revolut. Eles são seguidos pelo Open Bank, de propriedade do Santander, e pelo teutónico N26.
A fusão por aspiração também surge entre os movimentos de concentração bancária motivados não tanto por dificuldades, uma vez que ocorreu depois a crise de 2008, mas pela procura de graduação e sinergias. O caso do BBVA e a sua oferta pública de obtenção do Banc Sabadell é o exemplo mais evidente.
Fontes próximas do banco catalão comentaram, a propósito da OPA do BBVA, que a aspiração do Evo Banco é um exemplo do que normalmente acontece quando duas entidades distintas têm o mesmo proprietário. “Cada vez menos marcas, menos oferta e menos concorrência”, lamentaram.
Depois de cinco anos
Os objetivos foram “completamente” alcançados
A medida anunciada implicará a transferência de quadros, negócios e clientes do Evo Banco para o Bankinter, que controlará toda a diligência com a sua marca. O Evo Banco tem muro de 200 colaboradores, contra os 5.200 do Bankinter, e no ano pretérito obteve o primeiro lucro da sua história, de 1,2 milhões de euros. Já o Bankinter teve lucros recorde de 845 milhões de euros.
O Bankinter defende que a operação permitirá “melhorar a rentabilidade e a eficiência do grupo”. O objetivo, salienta, é “aproveitar ao supremo as sinergias entre ambas as entidades e assim potenciar a transformação do dedo”.
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O Evo Banco tem 767 milénio clientes, dos quais 320 milénio são efetivamente considerados ativos. A mensagem do Bankinter é que as suas vidas não mudarão muito, pelo contrário: continuarão a operar de forma totalmente do dedo e beneficiarão também de todas as capacidades, produtos e serviços do banco-mãe.
Para o banco esponjoso, o Evo Banco disponibilizará uma plataforma e inovações que servirão para “melhorar a proposta de valor do dedo”. Será “uma secção fundamental do seu padrão de distribuição”, diz ele.
Os colaboradores do Evo Banco, com perfil do dedo, vão agora dedicar-se ao fortalecimento das plataformas em Espanha, Portugal, Irlanda e Luxemburgo.
O Bankinter adquiriu o Evo Banco em 2019 ao fundo americano Apollo e outras empresas de investimento para o transformar no seu “laboratório do dedo”. Pagou muro de 200 milhões de euros na transação, que foi realizada em conjunto com a financeira irlandesa Avant Money. Nessa profundeza, o Bankinter destacou o valor da marca Evo Banco e o seu contributo para o aumento da base de clientes.