O novo. Os cidadãos do Chile rejeitaram pela segunda vez nas urnas uma proposta de renovação da sua Constituição. Com quase 100% das mesas contabilizadas, os resultados do plebiscito constitucional mostram 55,76% de votos contra contra 44,24% em prol, em risca com o que era previsto pelas sondagens das últimas semanas. A participação, que era obrigatória, foi de 84,48%.
A chave. O ‘não’ dos chilenos à segunda proposta de renovação da Constituição significa que o país manterá a atual Missiva Magna, texto que data de 1980 e foi legalizado durante a ditadura de Augusto Pinochet.
Contexto. Em setembro de 2022, foi realizado um primeiro plebiscito constitucional, que também fracassou. Na ocasião, 61,86% dos eleitores votaram contra. Essa primeira votação foi realizada posteriormente a vaga de protestos que o Chile viveu em 2019, em que a classe política foi solicitada a redigir uma novidade Constituição, entre muitas outras questões.
Diferenças entre os dois votos. Existem diversas diferenças entre o texto que foi votado em setembro de 2022 e o que foi votado em 17 de dezembro de 2023.
- Primeiro texto. Os cidadãos decidiram que uma Convenção Constitucional redigiria o primeiro texto. Entre outras coisas, leste órgão, formado por 155 membros principalmente da esquerda radical, propôs estabelecer no Chile “uma democracia paritária” em que as mulheres ocupariam 50% de todas as instituições do Estado. Também contemplou os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres, porquê o monstruosidade; muito porquê um Estado de recta social e democrático.
- Segundo texto. Ao contrário do primeiro, leste segundo texto foi prestes pelo Parecer Constitucional, um órgão de 50 membros liderado pela extrema direita e pela direita tradicional. Segundo a EFE, esta proposta defendia o endurecimento do tratamento da transmigração irregular na Constituição chilena e abriu a porta para a revisão da lei do monstruosidade.
Fundo. O atual presidente do Chile é Gabriel Boric, da esquerda. Porquê explica a EFE, o resultado desta segunda votação é um revés para o Partido Republicano, de extrema-direita, formação liderada por José Antonio Kast, que teve um peso fundamental na elaboração do novo texto e aspirava a tornar-se a força hegemónica do visível.
Reações. Depois de saber os resultados do segundo plebiscito para renovar a Constituição do Chile, estas foram as razões dos principais líderes políticos.
- Gabriel Boric (presidente do Chile). “O resultado deste plebiscito, mais do que uma celebração, é um poderoso alerta. Se quem obtém a maioria circunstancial tentar negar a existência do outro, nunca avançaremos em assuntos que não podem continuar a esperar”, alertou o gerente de Estado chileno, segundo a EFE.
- José Antonio Kast (Partido Republicano). “Não conseguimos, mas estamos orgulhosos do trabalho que fizemos pelos cidadãos, falando com a verdade e com um profundo paixão pelo Chile. “As nossas convicções são claras e continuaremos a trabalhar com a mesma força que nos caracteriza”, anotado em sua conta X.
Fontes
Resultados oficiais do plebiscito constitucional chileno
Newtral: ‘Plebiscito no Chile: as chaves para a repudiação da novidade Constituição’
Associação de Constitucionalistas da Espanha: ‘Comentários sobre o processo constituinte chileno à luz do resultado do plebiscito de saída de 4 de setembro de 2022’
Informação sobre o Parecer Institucional publicada em www.cesoconstitucional.cl
EFE: ‘Chile suspende debate constitucional ao rejeitar segunda proposta de Missiva Magna’