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Duelo em Utiel. Na ausência de confirmação do número exato de vítimas, a cidade já chora pelos seus vizinhos falecidos. De momento, e na ausência de comunicação oficial, uma vez que não foi possível aceder a todas as casas esta manhã, o certo é que a tragédia ceifou vidas.
Isto foi confirmado pelo prefeito do município, Ricardo Gabaldón, em declarações a LAS PROVINCIAS. Só ao meio-dia saberão o número exato, pois a trágica busca continua e a dificuldade em chegar a todos os pontos devastados pelo Magro foi máxima. Mal consegue dormir, “pouco”, admite, e a sua voz mostra a dor e a resignação pelo sucedido.
Os bairros de La Fuente, Alameda e San Isidro e San Agustín foram as áreas mais afetadas pelo transbordamento do Magro. Embora tenha sido feito tudo o que era humanamente possível, “era impossível resgatar todos, mesmo que tentássemos”, lamenta Gabaldón. Nem mesmo com a presença de tropas da Unidade Militar de Emergência. Uma nova reunião de coordenação está marcada para esta tarde na Câmara Municipal para dar continuidade ao muito trabalho que ainda temos pela frente.
A noite é sempre assustadora. A escuridão geralmente amplia os medos. Mas a chegada do dia e da luz também não foi menos assustadora na cidade de Utiel. Os vizinhos acordaram em meio à lama que o permeia, à destruição e à mais absoluta desolação. Não importa para onde você olhe, não há nada além de lama, água e destruição, tudo o que alguém pode imaginar em seu pior pesadelo. Estradas destruídas, áreas inundadas e dor.
Sem saber o que o novo dia trará, eles se preparam para o pior. Não querem ouvir falar de vítimas mas, infelizmente, sabem que vão enfrentar mais um dia para esquecer.
Além disso, a Câmara Municipal de Utiel solicitou voluntários para apoiar as principais necessidades da população após a situação de emergência provocada pelas cheias. Dadas as dificuldades nas comunicações telefónicas, os interessados deverão contactar diretamente o Serviço de Cidadão para fornecer os seus dados de contacto.
O município ainda não se recuperou do pesadelo de ver carros circulando na água como se não tivessem peso ou empresas e residências destruídas. Também não esqueceremos a angústia de muitas famílias, que contactaram, de quem pôde, dos seus entes queridos, que os informaram que a água subia cada vez mais e não conseguiam escapar.
O Centro Social e o hotel El Tollo tornaram-se o epicentro da solidariedade. Estes foram os pontos promovidos pela Câmara Municipal para poder atender os vizinhos resgatados ou que necessitassem de um espaço seguro para receber ajuda. O prefeito ainda está com os olhos marejados, tanto pelo cansaço acumulado quanto pela tristeza de saber o que seus vizinhos sofreram, pessoalmente, muito mais importante, e materialmente. Embora, como ele mesmo disse ontem à noite, não tenha dúvidas de que a cidade se recuperará e saberá se reconstruir diante da tragédia provavelmente mais dura de sua história. Será mais difícil lidar com as mortes.
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