Com unicamente dezoito meses, Ashley Viloria está entre as mais jovens participantes nas procissões da Semana Santa em Zamora. Com paixão desde o origem, já desfila em quatro procissões diferentes: a Via Crucis, a Vera Cruz, o Santo Entierro e a Soledad. Esta devoção precoce tem raízes na profunda relação da sua mãe com as festividades religiosas da capital.
“Na nossa família, participar desde cedo nas procissões da Semana Santa é uma tradição que o meu avô Pepe iniciou com os filhos e que mantivemos geração posteriormente geração”, explicou a mãe, Carolina de Ana. Esta prática não é simplesmente um ato ritual, mas uma forma de transmitir um legado familiar e manter viva a legado cultural.
Para eles, a Semana Santa é muito mais do que uma série de desfiles religiosos; É um momento de união, reflexão e celebração. “O nervosismo começa na semana anterior, na preparação dos looks na moradia dos avós, nos momentos que antecedem o reencontro com os amigos, no olhar para o firmamento para ver as horas” onde cada pormenor, cada ritual, carrega consigo o peso da história familiar e devoção às tradições.

Ao apresentar estas tradições à moçoila desde tão jovem, ela espera incutir nela o valor de manter viva a legado familiar. “É uma experiência incrível em que se percebe que as gerações passam e se quer ensinar-lhes as mesmas coisas que os nossos avós e pais nos ensinaram”, onde se transmitem valores de reverência, tradição e união.
Um daqueles momentos que ficam na memória de uma mãe é quando a moçoila participou pela primeira vez de uma procissão com unicamente sete meses de idade. “Ela era muito pequena e todos a notavam. Para mim foi uma satisfação e uma ilusão poder iniciar uma tradição familiar com uma novidade geração”, disse emocionada. Ver a filha participar ativamente nestas celebrações religiosas desde tão jovem enche Carolina de alegria e orgulho, fortalecendo o vínculo entre a família e a devoção partilhada.
A Semana Santa é o culminar de uma tradição enraizada no coração e na espírito de cada membro da família. Através da sua participação nestas procissões, a moçoila dá ininterrupção à lendária tradição familiar, mantendo viva a labareda da devoção e da unidade entre as gerações presentes e futuras. Um sentido de “alegria, de tradição, de poder continuar incutindo o que é a Semana Santa para o povo zamorano”.