Hot News
Sábado, 19 de outubro de 2024, 11h48
Casar de Cáceres continua a dar visibilidade ao cancro da mama com algumas atividades neste mês de outubro, o chamado mês rosa. Nesta ocasião, a população de Casares pôde ouvir em primeira pessoa a autora do livro ‘O que escondem as minhas cicatrizes’, Merche Nevado de Cáceres, no qual narra em primeira pessoa a sua vida com esta doença.
O encontro teve como objetivo levar o depoimento de uma paciente oncológica aos cidadãos de Casares por ocasião da comemoração hoje, 19 de outubro, do Dia Mundial do Câncer de Mama. O evento foi apresentado pela diretora da Universidade Popular Helenides de Salamina, Isabel Cáceres, e pela Conselheira de Saúde Pública, Sandra Tovar. “Toda informação é o poder de prevenir”, destacou Tovar.
A história de Merche Nevado com câncer começou em março de 2020, logo com o início da Covid. Em seu livro ele relata “negligência médica em meio a uma pandemia”. Como explicou aos presentes neste evento, “naquela altura só havia Covid, não havia ataques cardíacos, AVC ou ELA, em Março notei um caroço que ia ficando cada vez maior e chegou Junho e encontrámos um caroço de 10 centímetros”. no câncer de mama em estágio IV.
Foi essa situação que a levou pouco depois, aconselhada pela própria psicóloga e por alguns amigos, a escrever sobre a sua experiência. “Escreva para libertar e ajudar outras pessoas”, disse ele. Além das más experiências que teve com a doença, seu livro contém momentos engraçados. “Dentro da tragédia da sala de espera do hospital você também conhece pessoas que alegram o seu dia”, destacou com um sorriso. A autora, que já alcançou a quarta edição da publicação de sua história, ressalta a importância da alimentação e da prática de exercícios físicos na convivência com o câncer. Em 43 capítulos e 334 páginas também faz referência a alguns dos momentos mais difíceis. “É difícil se ver na frente do espelho sem cabelos nem sobrancelhas e com três cicatrizes”, explicou. É justamente esse momento que ele quis refletir na capa do seu livro. Segundo ela, o livro pode ajudar qualquer pessoa, não apenas quem sofre de doenças, pois “todos temos que curar cicatrizes, mesmo que não sejam físicas”, disse ela.



Nevado, que é licenciada em Ciências Humanas e professora de português, deixou claro que com o seu livro tinha que dar visibilidade a esta doença e parte do dinheiro arrecadado com a venda foi para investigação. Contudo, o redator quis destacar que dar visibilidade ao câncer não deve se limitar apenas ao mês de outubro. “Deve ser feito durante todo o ano e não apenas neste mês onde há grandes interesses comerciais”, apontou.
“Não é uma batalha”
Também apoiada por alguns familiares, Nevado, que também é mãe de uma criança, sublinhou que “não sou lutadora nem estou numa batalha, o cancro no meu caso é uma doença crónica e nunca terei alta, agora estou tudo bem, mas estou preparado.” porque pode aparecer a qualquer momento.
Embora não tenha revelado qual será o tema de seu próximo livro, ele garantiu que tem algo em mente para continuar escrevendo. A autora dedicou os exemplares aos presentes neste encontro e recebeu mensagens de carinho de quem quis ouvir o seu testemunho. Entre o público presente estava uma paciente de Casara que partilhou alguns detalhes sobre esta doença e destacou a importância das mulheres participarem nas campanhas de detecção do cancro.
No dia 10 de novembro, Casar de Cáceres realizará a Marcha Rosa, e já estão à venda camisetas para arrecadar fundos para a Associação do Câncer. A Associação de Consumidores e Usuários Virgen del Prado é responsável pela venda das camisetas, todas as sextas-feiras, das 9h30 às 10h30 no mercado e às terças e quintas-feiras, das 18h00 às 19h30. na sede localizada ao lado da Adiscasar.
#hotnews #noticias #AtualizaçõesDiárias #SigaHotnews #FiquePorDentro #ÚltimasNotícias #InformaçãoAtual