Novak Djokovic Ele ficou chocado ao saber que teria que jogar a partida das quartas de final do Lhano da Austrália em uma sessão diurna. Habituado ao horário das 19h, fez saber publicamente à organização que era aquele de que gostava. Seu pedido não surtiu efeito, pois a entidade (ou seja, a federação de tênis do país) zelou pelos seus interesses e mandou o dez vezes vencedor ao forno.
Porque nesta terça-feira Melbourne adotou o calor e a umidade opressivos que costumam marcar seus dias em um torneio deste ano com um termômetro mais ligeiro. As temperaturas em torno dos 30º C voltaram, para maior incômodo do sérvio, que sempre sofre quando o sol brilha.
Os integrantes de sua equipe técnica também sofreram. Eles tiveram que suportar as censuras de seu aluno, em voz alta em sua cadeira. Ele não conseguiu encontrar o que procurava em sua bolsa e repreendeu seu povo à distância. Uma forma de espalhar a pressão que um candidato ao 25º título de Grand Slam deve enfrentar. Demanda máxima.

Novak Djokovic aplica gelo durante partida contra Taylor Fritz nas quartas de final do Aberto da Austrália
Se somarmos aos elementos externos a resistência que o americano resistiu durante quase três horas Taylor Fritzvocê entende a provação que aconteceu Djokovic. Ele saiu vivo, porque a experiência vai longe, assim como a aula. E que o adversário não tivesse os mesmos argumentos ou armas para suportar por tanto tempo uma batalha tão exagerada.
Djokovic reagiu muito bem quando se sentiu no limite. Muito típico dele. Procure inimigos mesmo quando não há nenhum. Desta vez ele os teve, ele foi capaz de liberar a tensão ao enfrentá-los. Claro que acumula mais desgaste físico. Eram 3h45′ do número um do mundo, 36 anos, a vencer Fritz26 anos e número 12, por 7-6 (3), 4-6, 6-2 e 6-3.
Somou a 33ª vitória consecutiva, igualando a melhor sequência consecutiva em Melbourne Park, uma Mônica Seles, que primeiro jogou como iugoslavo, tornando-se posteriormente cidadão americano.

Novak Djokovic e Monica Seles, sequência de 33 vitórias consecutivas no Melbourne Park, sede do Aberto da Austrália
Na sexta-feira ele disputará sua décima primeira semifinal do Aberto da Austrália, rodada em que está invicto em Melbourne. Existem 48 Grand Slams. Contra o italiano Jannik Pecador, que não deixou nenhum set pelo caminho. Depois da uma da manhã, ele venceu o russo Andrey Rublev 6-4, 7-6 (5) e 6-3.

Novak Djokovic é parabenizado por Taylor Fritz.
Djokovicpersistente, teve que esperar o décimo sexto break point para quebrar o saque do americano, para 2 a 0 no terceiro set, após uma longa jornada dos 84 minutos que durou o set inicial, excelente reação de Fritz no segundo.
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Um ‘grande jogo’ que preocupou Djokovicembora soubesse que encontraria o caminho, como sempre fez antes Fritz, a quem derrotou pela nona vez. Para ‘Nole’ não é novidade lutar com tudo e contra todos, para manter um nível perpétuo de excelência por quantas horas forem necessárias. Seu rival, não, passou de mais para menos clareza.

Novak Djokovic
Djokovic está sofrendo mais do que o necessário neste Open e em três de suas cinco partidas perdeu um set. Um esgotamento físico e emocional que acrescentará dificuldades à sua tentativa de continuar reinando em Melbourne. Ele está cercado por lobos: Sinner e Alcaraz, entre eles.

Equipe técnica de Novak Djokovic