No mesmo dia em que o PSOE e os Junts concordaram com uma amnistia para os líderes pró-independência, a 9 de Novembro, o PP acusou o PSOE, falando de “um ataque sem precedentes à democracia”. Esse dia foi o mesmo em que o líder do PP mencionou pela primeira vez o golpe de Estado de 23-F para equipará-lo à amnistia porquê “um repto à liberdade e à simultaneidade em Espanha”.
Feijóo também mencionou na mesma frase o terrorismo da ETA, recurso generalidade tanto do PP porquê do Vox para criticar os acordos do Governo com os independentistas catalães ou com Bildu.
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Especialistas atribuem a rijeza do oração do PP à tentativa de lucrar espaço na extrema direita nas urnas. “No PP querem captar todo o insatisfação contra o Governo, diminuindo espaço para Santiago Abascal, por isso Feijóo escolheu perfis mais duros na sua liderança”, explica o pesquisador político Pablo Simón.
O uso continuado de hipérboles, alertando que “a Espanha vai se desintegrar” ou que “vivemos numa ditadura”, quando não é verdade, a sociedade acaba por suspeitar das mensagens de todos os políticos, e não somente daquele que lançou essas declarações. .
Simón alerta também para o que labareda de polarização afetiva, que faz com que os eleitores rejeitem quem opta pelo partido rival. “Isso gera repartição social e torna você acrítico em relação a si mesmo e mais temeroso de que os rivais governem, gerando dinâmicas que pioram o funcionamento das democracias”, diz ele.