Depois da sofrida vitória de Carlos Alcaraz, assistimos à troca da guarda em Philippe Chatrier.
Saem de cena os penas holandeses que, timidamente, me perguntam uma vez que vi Jesper de Jong, o rival do Murciano:
-Você vê opções?
“Estou com pânico”, respondeu ele quando a partida entrou no quarto set.
(No final Alcaraz vence, graças a Deus).
As penas espanholas também saem de cena.
E na galeria de prelo aparecem os repórteres japoneses e também os polacos. A partida tem sua intriga: Naomi Osaka e Iga Swiatek se enfrentam.
Swiatek (22) é dona de Roland Garros, dona do tênis mundial.
Ganhou três das últimas quatro edições parisienses (2020, 2022 e 2023). Ele venceu 28 de seus trinta jogos em Paris. Ele tem quatro títulos em 2024, incluindo os torneios de Madrid e Roma, os dois últimos a serem disputados. Nunca vemos seu rosto, nem mesmo seu cabelo: ele o esconde sob um boné. A viseira está abaixada.
Osaka (26) conquistou quatro títulos de Grand Slam, dois em Melbourne e dois em Novidade York, foi número 1 em 2019 (25 semanas no topo) e vive para que todos vejam.
Ela já foi mãe e nos conta sobre Shai, sua filha de dez meses. Naomi Osaka foi o carro-chefe do esporte nipónico nos Jogos de Tóquio 2020. Ela é o rosto de um documentário da Netflix que leva seu nome. Ele falou sobre a depressão e a repudiação que os jornalistas lhe geram na sala de prelo.
Em 2021, cá mesmo em Paris, ele havia desabitado o torneio posteriormente virar as costas à prelo. Ele disse que não se sentia mentalmente capaz de cuidar de nós. Pagou uma multa de 14 milénio euros.
No saibro, dois conceitos de tênis se misturam: o de Swiatek é mais elástico e técnico, o de Osaka é mais contundente. As previsões preveem uma vitória rápida da polonesa, ainda mais quando ela vencer o primeiro vez.
Não tão rápido, talvez eles corram.
Talvez tenhamos corrido.
De repente, Osaka se ilumina e sua mão direita desconcerta Swiatek. O rosto da polonesa azeda, escurece com o passar dos minutos, o segundo round voa, num piscar de olhos ela segmento para a japonesa para espanto do público e dos apostadores.

Iga Swiatek e Naomi Osaka se despedem em Roland Garros, nesta quarta-feira
O último set continua nesse rumo, Swiatek vacila, perde por 2 a 5, fica a um ponto da roteiro, indefeso diante das raquetes de Osaka, até que a pressão devora os japoneses. Osaka se desequilibra ali mesmo, quando saca para vencer, manda para a rede e deixa Swiatek vivo.
O orientação do tênis é lúdrico, a partida termina quando um dos dois rivais conquista o último ponto. A mente desmonta Osaka, que perde cinco jogos seguidos e sai rapidamente, com ela vão os sonhos de alguns românticos: 7-6 (1), 1-6, 7-5.