O jornal “El País” demitiu o filósofo e repórter Fernando Savater, fundador do meio, posteriormente uma série de desentendimentos. Em diversas colunas publicadas pelo jornal Prisa, Savater atacou o Presidente do Governo, Pedro Sánchez, o que causou desentendimentos com os leitores e com a direção do meio.. Todavia, os acontecimentos que desencadearam a destituição foram dois: a publicação de um livro de memória política, “Mesocarpo Gobernada” (Razão) em que fez manifestações contra o jornal, e uma entrevista ao jornal “El Mundo” em que criticou claramente o jornal.
Em seu próximo lançamento editorial, o filósofo expressa o seu distanciamento do “El País”, que descreve porquê “porta-voz do pior governo da democracia”. No volume, Savater analisa porquê ocorreu sua mudança ideológica de posições de esquerda para posições atuais, mais críticas aos discursos do progressismo vazio. De qualquer forma, o repórter já havia deixado evidente essa posição ideológica no jornal onde escreveu coisas porquê: “Ter princípios, mesmo que frágeis, é sempre uma espécie de compromisso com os outros. Mas Sánchez não corre esse transe: qualquer ideologia serve.”
Em outra poste, intitulada “Carabela” e com a foto do tipo de água-viva que recebe esse nome, escreveu: “Letras negativas isoladas, sem verdadeira entidade própria, transportadas por onde sopra o vento, com uma cor enganadora que atrai os incautos, e tóxicas, sobretudo tóxicas, envenenando tudo o que se aproxima delas. “Puro sanchismo à vela.” Em outro de seus artigos do pretérito mês de novembro, intitulado “Izquierdas”, ele disse: “Agora, em Espanha, a gestão fétida e as contradições flagrantes dos partidos no poder fizeram com que pessoas decentes e instruídas tendessem a abominá-los.”
na sua poste “A Europa em suspense por Meloni”, Savater criticou o duplo padrão: “Invocar de fascismo o que sai das urnas usadas legalmente parece um pouco exagerado, perceptível? O fascismo consiste em quebrar as urnas, não respeitá-las. Os fascistas são aqueles que saem às ruas para manifestar-se quando aqueles de quem não gostam são eleitos”, escreveu em referência ao Podemos.
No entanto, o facto que precipitou a saída de Savater foram as suas declarações ao “El Mundo”, numa entrevista que ontem apareceu, onde destacou que o “El País” “mudou muito, de ter sido um jornal crítico, plural, para se tornar um meio claramente governamental”. Segundo Savater, a mudança produzida no jornal que fundou tem a ver com a situação na Catalunha: “A ingressão massiva no ”El País” dos socialistas catalães, e que aos poucos eles assumiram cargos importantes, tem sido uma mudança fundamental. A emergência do socialismo catalão também foi decisiva no PSOE. Sánchez é simplesmente uma antena parabólica que capta o que está lá fora, o que lhe convém. Por não ter princípios, onde viu força, que é na Catalunha e no setor da esquerda radical, ali se inscreveu. Miguel Barroso, que Deus o tenha, escreveu o editorial que Pedro Sánchez queria. Aquilo que Pedro Sánchez ainda confunde, deixam-lhe evidente no editorial, argumentam por ele, para que saiba o que tem a manifestar.”