Quinta-feira, 9 de maio de 2024
Já conhecia o palco da Malmö Estádio, mas esta noite foi muito dissemelhante dos ensaios. Nebulossa teve que pisar na primeira prova real, a segunda semifinal, porquê aquecimento para o grande evento de sábado. A qualificação é garantida por fazer secção dos ‘Big Five’, mas é importante gerar bons sentimentos nos Eurofans antes da final. Com um público devotado a repercutir a vocábulo ‘Zorra’ em uníssono, Mery Bas e Mark Dasousa confirmaram o que já se sentia no primeiro contacto: chegam ao festival com uma mensagem protestante, cativante e com ar de cabaré. Não são favoritos, longe disso, mas isso não importa.
Os visuais são o fio condutor. Talvez a encenação seja um tanto minimalista, com poucos elementos. Mantém a estética Art Déco que os levou à vitória no Benidorm Fest. Agora, com um palco de última geração à sua disposição, a encenação ganha ‘força’. As telas quadradas de LED penduradas no teto formam a vocábulo “Zorra” em letras maiúsculas, acompanhadas por uma variedade de tomadas de câmera, até 77.
Tudo está sobrecarregado de simbolismo. Mery Bas e os dois dançarinos encontram-se dentro de um dos cubos, uma espécie de gaiola que abre a porta para um cabaré furtivo. É a liberdade de ser você mesmo. A cantora veste um macacão de renda preta luminoso, com calças largas e ombreiras impressionantes. O conjunto desenhado por Michael Costello, assinatura de estrelas porquê Lady Gaga, Kylie Jenner e Beyoncé, é incrustado com mais de 100 milénio pequenos cristais. Qualquer coisa para prefulgir em Malmö.
Ela está acompanhada docilmente por Cesar Louzán e Iosu Martínez, que acabam tirando o terno para comparecer com o peito nu, usando espartilho preto e botas de tubo sobranceiro. Enquanto isso, Dasousa no teclado anima o refrão de uma melodia em que a bateria de Mar Lozano assume um papel evidente. As pessoas continuam a reconhecer seus esforços em coro “Sou ainda mais vagabunda!”
A poltrona circunvalar de veludo vermelho, com uma novidade fita dourada na frente em homenagem à bandeira espanhola, continua sendo o trono. Ele domina o palco porquê Bas. O que muda são os lustres de Benidorm, que desapareceram. Eles são substituídos por projeções dinâmicas. E entre elas, a Vênus de Milo. Uma metáfora para a representação feminina na arte clássica. E porquê toque final: pirotecnia e fumaça. Sábado será o momento da verdade.