Março 18, 2025
Grifols cai na bolsa para mínimos em uma dez, apesar de fechar 2023 com lucro recorde

Grifols cai na bolsa para mínimos em uma dez, apesar de fechar 2023 com lucro recorde

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BarcelonaQueda histórica na bolsa Grifols. A farmacêutica catalã despencou 35% esta quinta-feira, dia em que apresentou os resultados de 2023, que fechou com um rendimento recorde e uma queda nos lucros devido aos custos de renovação. Apesar de iniciar a sessão em clara queda, o sangramento só ocorreu no meio da tarde, logo depois a conferência de analistas do mercado de ações. A cotação das ações caiu para 7.584 euros, valor que não se via desde 2012.

A multinacional catalã de hemoderivados atingiu o seu recorde histórico de receitas no ano pretérito, com um totalidade de 6.592 milhões de euros, mais 11% que em 2022. No entanto, nascente impulso não foi transferido para os lucros, que sofreram uma queda de 70% devido aos custos de renovação ligados ao seu projecto de transformação. Assim, fechou o ano com lucros de 59 milhões de euros, que excluindo estas despesas extraordinárias atingiriam os 206 milhões, valor semelhante aos de 2022.

Estes resultados, conforme explicado pela empresa na informação enviada à Percentagem Pátrio do Mercado de Valores Mobiliários (CNMV), não foram auditados, mas a consultora KPMG confirmou por escrito que emitirá o seu parecer de auditoria antes de 8 de março. Grifols também informou que o vereador Jaime Costos não assinou as contas porque esteve ausente da reunião do juízo de governo realizada ontem em Barcelona. “No entanto, não manifestou desacordo ou oposição à documentação”, afirmou a empresa no seu relatório anual.

Na sequência destes resultados – a empresa já tinha registado um sumo histórico de receitas em 2022 – há propagação em todas as unidades de negócio, mas principalmente na Biofarma, que registou um volume de negócios de 5.558 milhões, mais 13,3%. O resultado operacional bruto (Ebitda) ajustado situou-se em 1.474 milhões de euros, o que não inclui os 223 milhões de euros de despesas extraordinárias. A previsão para 2024 é de 1,8 milénio milhões de euros.

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Um dividendo de 266 milhões de euros em Scranton

No mesmo relatório financeiro, a farmacêutica catalã explica que a sua subsidiária BPC Plasma pagou no ano pretérito um dividendo de 266,4 milhões de euros à Scranton Plasma, ligada à família fundadora da Grifols. A empresa refere neste relatório que o dividendo foi distribuído “sem saída de caixa compensando outros ativos financeiros não correntes” e que o dividendo corresponde ao resultado dos quatro anos anteriores. Mas admite também que esta distribuição teve um impacto “contra as reservas dos interesses não dominantes do grupo”.

A recente ofensiva da Gotham City Research contra Grifols eclodiu precisamente por razão de seu relacionamento com a Scranton Entreprises; Especificamente, o fundo de Novidade Iorque acusou a empresa farmacêutica de manipular resultados e dívidas através dela escritório familiar, que controla 8,3% das ações da Grifols. Gotham destacou que a empresa catalã teria mexido as contas ao incorporar nas suas próprias contas os resultados da alemã Haema e da americana BPC Plasma “apesar de controlar 0% das ações” de ambas as empresas. No relatório de hoje, a Grifols explica que em 2018 adquiriu 100% das ações de ambas as empresas e que poucos meses depois foram vendidas à Scranton pelo mesmo valor. Lembra ainda que mantém a opção de recompra de 100% e que esta opção dá poder à Grifols, embora não tenha sido exercida, pelo que “o Haema Plasma está incluído nas demonstrações financeiras consolidadas da Grifols a partir de 2022”.

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Família, dívida e renovação

A farmacêutica começou 2023 com o proclamação, feito em meados de fevereiro, de 2.300 despedimentos no contextura de um projecto de renovação para poupar 400 milhões de euros em custos face ao ano anterior. Exclusivamente seis dias depois ocorreu uma grande mudança no topo: o até portanto vice-presidente, Thomas Glanzmann, assumiu a gestão da empresa. Foi a segunda substituição em menos de cinco meses no comando da farmacêutica. Em maio, Glanzmann chegou ao topo do juízo ao substituir os dois CEOs da família, Raimon Grífols Roura e Víctor Grífols Deu.

Foi o prelúdio de um passo histórico que viria nascente ano: ambos os Grifols deixaram os seus cargos de gestão neste mês de fevereiro. Pela primeira vez em 115 anos de história, a Grifols não era mais administrada por nomes de família. Esta mesma quinta-feira, na conferência de investidores, Glanzmann anunciou que a partir de 2025 se tornará presidente não executivo da empresa. Dentro de um mês, Nacho Abia será o novo CEO da empresa farmacêutica.

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Estes movimentos têm porquê tecido de fundo a maior guerra da empresa nos últimos anos: enfrentar o seu saliente endividamento, que ultrapassa os 9,4 milénio milhões de euros. A multinacional está no meio de uma estratégia de desinvestimento, porquê Glanzmann deixou evidente aos acionistas em junho: “Estamos abordando isso para prometer o nosso horizonte propagação sustentável”. Foi o último grande proclamação de 2023: a Grifols vendeu 20% do Shanghai RAAS por murado de 1.630 milhões de euros ao grupo chinês Haier, mantendo 6%. “O resultado da venda de 20% da Shanghai RAAS no Grupo Haier será utilizado integralmente para remunerar dívidas”, explicou esta quinta-feira a empresa em enviado.

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