VALÊNCIA (EFE). A calabouço sueca H&M anunciou o lançamento de um processo de despedimento coletivo por motivos organizacionais, produtivos e económicos, que afetaria 28 lojas e 588 dos quase 4.000 trabalhadores da empresa em Espanha, informaram esta sexta-feira a CCOO e a UGT. O processo negocial proposto pela empresa têxtil terá início em setembro.
Ambos os sindicatos acreditam numa enunciação conjunta de que a medida é “sobejo agressiva” e acreditam que podem ser procuradas soluções que não passem pela perda de trabalho numa força de trabalho “já dizimada” desde o processo de despedimento coletivo ocorrido em 2021.
Fontes da empresa explicam à EFE que para ela “sempre foi precípuo” ter as suas lojas em locais “adequados” e relevantes” para os clientes, e “ser competitiva”.
Por isso, “avaliamos e otimizamos continuamente o nosso portfólio de lojas para alinhá-lo com a nossa estratégia global, com o objetivo de ir ao encontro das expectativas dos nossos clientes”, afirmam.
A H&M comprometeu-se a trabalhar “em estreita colaboração com os representantes dos trabalhadores para prometer um diálogo manente entre as duas partes” e a “abordar levante matéria com o supremo reverência”.
O grupo, que tem murado de 4.000 trabalhadores em Espanha e mais de uma centena de lojas, apresentou números provisórios para o seu negócio global em dezembro pretérito, que serão anunciados oficialmente em 31 de janeiro.
No quarto trimestre fiscal (que termina a 30 de novembro), as vendas do negócio desaceleraram, embora com um ligeiro aumento do volume de negócios (19.926 milhões de euros, mais 6%).
Já em 2022, a calabouço H&M fechou o ano com 4.465 pontos de venda em todo o mundo, com menos 336 lojas do que no ano anterior, metade delas devido à saída do grupo da Rússia e da Bielorrússia. Nesse mesmo ano abriu 91 lojas.
EEm Espanha, a CCOO e a UGT já reportaram que muitas das lojas tinham um número reduzido de trabalhadores e depois pediram que a empresa adotasse soluções para ressarcir a sobrecarga de trabalho.
Depois do verão pretérito, ambos os sindicatos concordaram com a H&M em fechar um processo negocial que pôs término às mobilizações e melhorou as condições de trabalho e salariais da força de trabalho em Espanha, com incentivos de vendas, prémios de responsabilidade, suplementos, mais recursos nas lojas e aumentos salariais. com efeitos a partir de 1º de julho de 2023.