Março 19, 2025
José Luis Abellán, historiador do pensamento espanhol, morre aos 90 anos

José Luis Abellán, historiador do pensamento espanhol, morre aos 90 anos

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O historiador do pensamento espanhol José Luis Abellán Faleceu oriente domingo em Madrid, aos 90 anos, conforme confirmado na rede social do Escorial.

Abellán nasceu em Madrid em 1933 e era rebento do legisperito José Abellán-García y Pérez de Camino. Passou a puerícia em Ávila e aos 14 anos mudou-se com a família para Madrid, onde o seu pai abriu um escritório de advocacia. Depois de cursar o ensino médio no Instituto Ramiro de Maeztu, começou a estudar Recta na Universidade Complutense (portanto Universidade Meão), mas abandonou-os pela Filosofia e pelas Letras, sua verdadeira vocação, que havia sido influenciada pelo padre Manuel Mindán Manero, que Foi seu professor de filosofia em Ramiro de Maeztu.

Abellán formou-se em Filosofia em 1957 e Obteve seu doutorado em 1960 com a tese Miguel de Unamuno à luz da psicologia, dirigido por José Luis López Aranguren, um dos mais influentes filósofos e ensaístas espanhóis do século XX. Também se formou na Escola de Psicologia e Psicotécnica de Madrid em 1961.

Em 1956, Abellán experimentou em primeira mão a revolta estudantil contra o sindicato universitário franquista, o Sindicato Universitário Espanhol (SEU). Participou nos preparativos do Congresso Universitário de Jovens Escritores, autorizado pelo reitor Pedro Laín Entralgo. Vários jovens líderes antifranquistas organizaram o Congresso Vernáculo Estudantil com o objetivo de rematar com o SEU, que havia perdido força nas eleições. A desordem aumentou e os estudantes organizaram a primeira grande sintoma desde o termo da Guerra Social, que culminou com a exoneração de Laín, o fecho da Universidade e a nomeação de um novo Ministro da Ensino Vernáculo. Abelán foi recluso por sua participação nos tumultos.

[1955, un año crucial para la disidencia antifranquista]

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Abellán foi bolsista do Instituto de Filosofia Luis Vives, vinculado ao CSIC, entre 1959 e 1961. Foi professor de Humanidades na Universidade de San Juan, em Porto Rico. Estabeleceu contacto com intelectuais uma vez que Américo Castro e José Gaos e fez amizade com Enrique Tierno Galván, horizonte presidente da Câmara de Madrid.

Em 1964 a editora Tecnos publicou a tese de doutorado de Abellán e dois anos depois publicou seu segundo livro Ortega y Gasset na filosofia espanholaonde é muito crítico ao pensamento político do filósofo. Foi professor facilitar da Faculdade de Ciências Políticas, Económicas e Comerciais. Dirigiu também o programa de espanhol que a Wesleyan University (Connecticut) e o Vassar College (Novidade Iorque) tinham no Instituto Internacional de Madrid, onde também lecionou História Contemporânea entre 1967 e 1974.

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Também obteve uma bolsa de pesquisa da Instauração Juan March em 1976 para realizar um estudo sobre Os noviços: primeira crise de consciência espanhola, um capítulo importante da história científica espanhola entre os séculos XVII e XVIII. Oriente estudo faz segmento A obra mais ambiciosa e importante de Abellán: o tratado sobre História do pensamento espanholpublicado em sete volumes pela Espasa entre 1979 e 1991. Os três primeiros volumes ganharam o Prêmio Vernáculo de Experimento em 1981.

A geração de 98 e seus sucessores foram objeto de estudo em muitos artigos e livros de Abellán, uma vez que Sociologia de 98 (1974), Krausismo de dentro. Sanz del Río, autobiografia da intimidade (escrito com Fernando Martín, 1978), A filosofia de Eugenio d’Ors (1981), O ibero-americano 98 (1998), Os intelectuais espanhóis e o naufrágio do liberalismo 1923-1936 (1998) e 98: século anos depois (2000).

Seus outros livros são Cultura em Espanha. Testes para um diagnóstico (1971), onde relata o declínio da cultura solene de Franco e o ressurgimento da cultura dos derrotados na guerra social; A indústria cultural em Espanha (1974); Erasmianismo espanhol: uma história da outra Espanha (1976); ó O quadro da filosofia espanhola atual (1978). Também coordenou o trabalho coletivo O exílio espanhol de 1939 (Taurus, 1976-1978), tema ao qual retornará em livros posteriores. Foi professor de História da Filosofia Espanhola, missão do qual se aposentou em 2003, e colaborou em inúmeras revistas culturais.

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