Mais de 55 milénio pessoas vibraram esta quarta-feira com um símbolo que se recusa a ser uma memória, Bruce Springsteen
Embora não muito aquecido na mídia, talvez porque Boss se apresentou em Barcelona em 2023, talvez pela ressaca da visitante de Taylor Swift, são vários os ingredientes que fazem deste mais um evento peculiar. A saber: conseguiu lotar por três noites (165.000 pessoas no totalidade) e chega depois de uma longa espera de 8 anos, a mais longa que a capital espanhola já viveu.
Nesse meio tempo, a pandemia se cruzou tanto que ele adiou diversas vezes seus planos de voltar à estrada com a The E-Street Band com um ótimo álbum de músicas inéditas, ‘Letter To You’ (2020), além de uma versão mais confortável residência na Broadway que durou mais do que o planejado inicialmente.
O norte-americano chegou ao Metropolitano, que visitou em 1999 e em 2003, quando ainda era divulgado porquê La Peineta, depois de vários dias de sota devido a receita médica posteriormente lhe ter sido afetada a gorgomilos, o que o obrigou a pospor vários “espetáculos” ano chega, e depois de superar problemas de saúde anteriores que o fizeram temer “nunca mais trovar”.
Três horas de concerto
«É um milagre que, apesar de já mancar há muito tempo, continue a aproximar-se do concerto de 3 horas, e não só pela sua idade, 74 anos, mas também pela dos seus músicos, e que por mais que se cuide, nunca se sabe quando será a próxima turnê”, destacou David Gallardo, coordenador cultural da Infolibre e perito no tópico, à EFE a esse saudação.
No final a apresentação final ao vivo do referido ‘Epístola para você’ e o álbum de covers que se seguiu, ‘Só os fortes sobrevivem’ (2022), não foi além de uma anedota, entrando um pouco num repertório retrospectivo, com as habituais surpresas não tão felizes, porquê ‘Sementes’, isso soou na primeira segmento.
Não importava que o show começasse 20 minutos moroso. Foi iniciar a desfilar cada membro da A E-Street Band e a euforia desencadeada, multiplica-se quando o herói aparece vestido de colete, gravata e camisa arregaçada, porquê se desmentisse a idade com uma postura alheia à passagem do tempo.
Gritando em espanhol “Olá, Madrid, você está pronto?”, o show começou entre a vibe subida de ‘Lonesome Day’, seguida de ‘No rende’ e, entre o pouco que se ouviu de ‘Letter To You’, ‘Ghosts ‘.
Momentos para lembrar
Também não perturbou o espírito impetuoso do público que a acústica do Metropolitan parecesse (de novo) uma insídia na qual a física estava determinada a manchar o trabalho da orquestra, dedicada porquê sempre.
Apertando a mão de seus seguidores, ‘Condado de Darlington’ foi um pequeno marco de emoção suplementar na primeira hora que manteve ao tapulhar o clássico de John Fogerty ‘balançando em todo o mundo’ entre arengas em espanhol (“Higher!”), um tanto que não foi necessário logo posteriormente o primeiro dos grandes sucessos da noite, ‘Coração faminto’.
A vigor já era contagiante quando iniciamos o segundo terço do show. Até o som ficou mais preciso desde uma música recente porquê ‘Eu era o padre’ Juntamente com Steve Van Zandt, produziu uma coleção de guitarras ao nível das grandes canções.
Em suma, foi o calor nostálgico de ‘Minha cidade natal’ aquela que arrepiou os cabelos, ainda mais quando associada à mítica explosão de ‘O Rio’ e termine com um arrulhar longo e agudo, que teoricamente não deveria vir de uma gorgomilos desgastada. Grandes aplausos e mais um momento para recordar.
Depois de Madrid Bruce Springsteen se apresentará em Barcelona
“A morte proporciona uma certa nitidez mental e você entende que a martírio zero mais é do que o preço que pagamos por amar muito”, refletiu antes de ‘Last Man Standing’, lembrando que é o único membro vivo de sua primeira orquestra, mais um chamado para espremer o momento, espremer esta noite em que Springsteen ainda não é uma presente.
Quando a questão começava a lucrar um tom excessivamente elegíaco, ‘ Because The Night’ levantou até os mais secos para iniciar o caminho do terço final em grande estilo, rodeado pela suco fresca do sax de Jake Clemmons, sobrinho de Clarence Clemmons.
Foi só deixar rolar uma esfera cada vez maior até ao encore, empurrado por ‘Wrecking Ball’, pelo clamor colectivo de ‘The Rising’ com os seus la-la-lás, o queimada cruzado de ‘Badlands’, com todos o estádio aos saltos e a aparente fuga libertadora através da sua ‘Estrada do Trovão’.
Unicamente aparente, porque ainda tive que esticar o repertório para tapume de três horas e chegar a trinta cortes com alguns encores também altos começando com ‘Land of Hope And Dreams’, mas iluminado porquê sempre com o necessário ‘Born To Run’ ou ‘Dancing In O escuro’.
“Obrigado, Madrid!”, ele foi ouvido exclamando com truques ainda na manga, porquê uma versão acústica de ‘I’ll See You In My Dreams’ (vejo você em meus sonhos, em espanhol). Pelo menos mais duas noites em Madrid e mais duas em Barcelona, por enquanto não será em sonhos.
Relatórios:Javier Herrero/EFE