Manuel Ruiz Lopera, ex-presidente do Betis, morre leste domingo aos 79 anos, na sua lar, em Sevilha, posteriormente deixar a unidade de cuidados intensivos da clínica Santa Isabel, em Sevilha, segundo informação prestada pelo clube na sua rede social X.
O varão que foi o maior acionista do Betis durante quase duas décadas e presidente entre 1996 e 2006, foi hospitalizado há meses por problemas digestivos derivados de diverticulite intestinal.
Manuel Ruiz Lopera y Ávalos, nascido em Sevilha a 13 de agosto de 1944, foi empresário do setor financeiro e de construção, e a sua relação porquê gestor do Betis começou em 1989 pelas mãos do presidente Hugo Galera, que em dezembro de 1991 nomeou ele vice-presidente de assuntos econômicos.
Durante a sua gestão, Lopera conseguiu duas promoções pelo clube, várias eliminatórias europeias, o título da Despensa del Rey de 2005 e a qualificação para a Liga dos Campeões.
Em 1992 comprou 70 por cento das ações e tornou-se CEO.Com sua gestão em 1994 conseguiu promover o clube à primeira classe e de 1996 a 2006 foi seu presidente.
Depois vários desentendimentos com a Justiça por problemas fiscais, em 30 de junho de 2006 deixou a presidência, e em julho de 2010 Lopera anunciou que havia vendido a maior secção de seu pacote acionário do Betis para a Bitton Sport.
Depois de várias vicissitudes com a Justiça, em 2018, o Tribunal de Sevilha absolveu-o dos crimes continuados de apropriação indébita e governo injusta (1993-2006), com uma sentença de perdão que foi declarada definitiva ao término de seis meses.
Nos últimos anos, sofrendo com alguns problemas de saúde, tem vivido distante da mídia.
Um selo indefinível
O ex-presidente do Betis Manuel Ruiz de Lopera foi um personagem indefinível que deu a marca da sua personalidade ao clube de Heliópolis durante quase um quarto de século de algumas luzes desportivas, muitas sombras na gestão e uma omnipresença para o muito e para o mal. presente ou ausente, próximo ou distante, ativo ou passivo, e sempre no foco de seguidores e detratores.
Lopera é por si só uma das faces de um futebol de outro tempo, marcado por presidências ‘ostentosas’, na terminologia criativa de Jesús Gil ao fundir ostentação e estentorian, e da qual personagens porquê Damián Caneda, Joan Gaspart e, Num tom mais pitoresco, José María Ruiz Mateos e sua esposa, María Teresa Rivero.
Leal ao estilo rochoso e perigoso de um empresário que se fez sozinho desde a base, Manuel Ruiz de Lopera tem lutado até ao término pelo que considerava serem as suas ações, apesar de ter chegado a um conciliação em 2017 com associações de acionistas para pôr término à a um longo processo judicial que, apesar disso, não terminou.
Oriente conciliação fez com que leste peculiar empresário do bairro sevilhano de Fontanal abandonasse o lugar preferencial que ocupava desde que assumiu o comando do clube Betic em 1992 até que em 2010 a juíza Mercedes Alaya confiscou as ações de sua empresa Farusa, uma das muitas estampadas porquê Incecosa ou Tegasa.
Um legisperito conta que quando lhe perguntou por que era ‘Técnicas Ganaderas SA’ (TEGASA), ele respondeu que não se tratava zero de pecuária, mas de “lucrar moeda, rapaz, lucrar muito”, aquele cunho loperiano que o acompanhou até o término .dos seus tempos, quando ainda tinha apoiantes que o paravam na rua apesar das certezas sombrias da sua gestão que, logicamente, ignoravam, por pretexto das luzes desportivas que também existiam.
Com sentimento de legado Betis, mudou o nome de Benito Villamarín para o seu próprio – parcialmente inaugurado em 1º de janeiro de 2000 com todas as forças vivas da autonomia e da cidade presentes – porque “leste aço, leste concreto carrega o meu “eu dou esse sangue para o Beticismo”, porquê ele disse antes de cunhar outra de suas descobertas para a posteridade, que o Beticismo havia “lotado La Palmera”, a avenida em dos quais final joga o time verdejante e branco.
Por insignificante da ramagem do folclore e do floreio da sua linguagem única de disparates e descobertas, que fez subsistir um léxico ‘Espanhol-Lopera, Lopera-Espanhol’, sempre existiu um empresário duro com um peculiar sentido de moeda que marcou a gestão de Betis e uma anedota sem término, verdadeira ou apócrifa.
Proprietário de um estilo suburbano e de terceiras rotas porquê a inestimável ‘Llérida’, ‘um claro Frigo’ (entre gelados e Luís Figo), ‘Júver’ (de Turim) ou ‘as Ilhas Feroces’, porquê disse a um gerente de Depois de um empate europeu, Lopera estava entre as preferências de muitos fora do futebol porquê um poeta com um tom lírico e intelectual tão proeminente porquê Vicente Tortajada, que afirmava, com muitos, que era do Bétis, “mas muito mais de Don Manuel”. .
Mas Manuel Ruiz de Lopera foi da glória ao inferno porque, num exposição da varanda do Villamarín posteriormente a promoção de 1992, afirmou que ‘estávamos no UVI’ e que ‘dou-vos um Betis gratuito e limpo, em primeiro lugar , viva o Bétis.
A partir desse momento tornou-se proprietário integral do Betis e, com a ajuda de Lorenzo Serra Ferrer, foi terceiro na Liga, ganhou uma Despensa do Rei, foi vice-campeão em outra e, supra de tudo, deixou sua marca no uma era do clube e gerou, em partes iguais, torcedores incondicionais e, ao longo do tempo, um número crescente de detratores.
O paroxismo foi aquele grupo ‘O que D. Manuel diz’ e, paralelamente, o desenvolvimento de detratores face às sombras desportivas e económicas lançadas pela sua gestão personalista e pelo seu perfil a meio caminho entre o histrionismo e o que transcendia a sua forma peculiar de agir. as rédeas da equipe e diga isso com frases porquê “Estou morrendo pelo Betis” ou “você está exigindo que me canse”.
Com nomeada de negociador duro e de exasperar seus interlocutores em intermináveis sessões de resistência, também exibia aguçado siso teatral em anedotas porquê a do rebento que queria levar as cinzas do falecido pai num pote de ‘pêssegos doces’ … e, porquê não poderia deixar de ser, procurou-se uma saída do ‘contentor Puleva’.
Ou o vaudeville em que afirmou ter salvado o Bétis, ou a sua luta com o presidente do Sevilha, Luis Cuervas, antes de um clássico; ou a famosa sarau de ‘Halloween’ de Benjamín Zarandona em que o presidente apareceu de surpresa e, diante da povo de presentes, alguns acabaram, porquê o brasiliano Denilson de Oliveira – “um jogador que, para nos ser tirado , têm que fechar um banco” -, pendurado numa varanda porque ‘se ele me ver não me paga’.
Enquanto isso acontecia na mídia, os escritórios de Lopera eram muito conhecidos por jogadores, treinadores, representantes e intermediários por sua rijeza e rica anedota; pelo teatro em que proferiu um exposição de Natal aos Béticos, pelo seu cão Hugo, pelo seu paixão pelos azulejos e pela folha de ouro e pela sua devoção inabalável ao Senhor do Grande Poder e à Virgem de Fátima de quem teve “uma autêntica reprodução de.”
A estrela do presidente começou a decair posteriormente a conquista da Despensa del Rey em 2005, não fazendo uma equipe competitiva para a Liga dos Campeões para a qual se classificou naquele ano e tropeçando até o rebaixamento em 2009, o que fez com que mais de 60 milénio betics se manifestassem em Sevila gritando ‘ Lopera vá agora’.
O ciclo de Lopera chegou ao término, o estádio passou a se invocar Benito Villamarín e começou o processo judicial que durou trinta anos depois da cena na varanda, quando ele disse que sobre ‘um Betis livre, limpo, na Primeira Partilha, de vocês’, a marca de uma idade que acabou nesta manhã de março.