Março 21, 2025
Morre Manuel Ruiz de Lopera, ex-presidente do Betis e símbolo de um futebol referto de excessos

Morre Manuel Ruiz de Lopera, ex-presidente do Betis e símbolo de um futebol referto de excessos

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BarcelonaO Betis anunciou esta noite a morte de Manuel Ruiz de Lopera, aos 79 anos, na sua mansão em Sevilha, depois deixar a unidade de cuidados intensivos da clínica Santa Isabel, em Sevilha. O presidente do clube de Sevilha foi um dos rostos mais conhecidos do futebol espanhol pelo seu sentido de humor e pela sua paixão e libido de fazer do Betis um gigante desportivo, mas também pelos seus excessos, verbais ou financeiros. Lopera foi um dos símbolos daquele futebol dos anos 90 com presidentes megalomaníacos e chamativos, porquê Jesús Gil y Gil, Ruiz Mateos ou ele mesmo.

Acionista majoritário do Bétis há quase duas décadas, além de presidente desta entidade entre 1996 e 2006, foi internado há meses por problemas digestivos derivados de diverticulite intestinal. Lopera nasceu em Sevilha em 13 de agosto de 1944 e tornou-se empresário do setor financeiro e de construção. Em 1989 ingressou na diretoria do seu querido Betis graças a uma proposta do presidente Hugo Galera, que em dezembro de 1991 o nomeou vice-presidente de assuntos econômicos.

Durante a sua gestão, Lopera conseguiu duas promoções pelo clube, várias eliminatórias europeias, o título da Despensa del Rey de 2005 e a qualificação para a Liga dos Campeões, na qual o Betis derrotou o Chelsea de Mourinho. Em 1992 comprou 70% das ações do Betis e tornou-se CEO e, com sua gestão, em 1994 conseguiu promover o clube à Primeira Separação. De 1996 a 2006 foi presidente do Betis. Sua paixão o levou a fazer com que o Betis fosse o protagonista na quadra da contratação mais faceta da história do futebol mundial, o brasílio Denilson. Aliás, contratou jogadores de elevado nível, porquê Alfonso ou Finidi. Ele também aparecia na mansão de um jogador de madrugada ao deslindar que o elenco estava em sarau. Amante de piadas e brincadeiras, também tinha um estranho ilustrado à própria figura, porquê ficou simples quando mudou o nome do estádio do Betis, Benito Villamarín, para batizá-lo com o seu próprio nome. “Levante aço, leste concreto carrega meu sangue. Eu dou esse sangue ao Beticismo”, disse ele naquele dia. Numa disputa com seu grande inimigo, o presidente do Sevilla José María del Nido, Lopera colocou um busto dele detrás do técnico do Sevilla em um clássico. Popularmente publicado porquê Dom Manuel, conseguiu fazer com que os torcedores memorizassem seus discursos populistas, nos quais trocava acidentalmente nomes de rivais, cidades e jogadores, porquê quando falava do “ilhas ferozes” em vez das Ilhas Faroé ou quando baptizou o português Figo porquê “Frigo”.

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Um de seus discursos mais populares foi o que fez para falar sobre a mudança no clube. Ele afirmou: “Estávamos no UVI, ninguém deu um centavo por nós. Agora dou a vocês um Betis limpo e gratuito, na Primeira Separação, seu. Viva o Betis.” O empresário, grande fanático, sempre carregava consigo cartões religiosos e fazia passeios surpreendentes, porquê o dia em que um torcedor o convidou para entrar em campo com as cinzas do falecido pai. “Porquê a polícia não o deixou entrar com a lata de metal, eu disse a ele que ele poderia colocar as cinzas dentro de uma caixa de papelão Puleva. .”

Depois vários problemas na Justiça por supostas irregularidades fiscais, em 30 de junho de 2006 deixou a presidência, e em julho de 2010 Lopera anunciou que havia vendido a maior segmento de seu pacote acionário do Betis na Bitton Sport. Em 2018, o Tribunal de Sevilha absolveu-o dos crimes continuados de apropriação indébita e gestão injusta, cuja sentença de remissão foi declarada definitiva depois seis meses.

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