Junho 9, 2025
Morre Miguel Barroso, idoso secretário de Estado da Notícia e diretor da PRISA

Morre Miguel Barroso, idoso secretário de Estado da Notícia e diretor da PRISA

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Atualizada

O jornalista e plumitivo, também jornalista, morreu aos 70 anos.

Miguel Barroso, em 2009.
Miguel Barroso, em 2009.ALBERTO CULLAR

Há pessoas que não passam a vida despercebidas. Há pessoas que comem a vida, que a saboreiam, a apreciam e a celebram, com todas as suas forças e com todo o seu libido. Existem pessoas inteligentes, cultas e brilhantes. Pessoas que exercem o poder de forma originário e com quem sempre se pode aprender alguma coisa. Existem pessoas capazes de seduzir jovens e velhos, homens e mulheres, crianças, ministros e presidentes. Pessoas que sempre têm uma teoria em mãos para surpreender seus interlocutores. Pessoas que, portanto, são amadas e admiradas pelos amigos e, sim, também lutaram pelo poder que exercem. Miguel Barroso era uma dessas pessoas. Um varão tão vital, tão jovem de corpo e espírito, tão enamorado pelos melhores prazeres do mundo que parece impossível que tenha morrido de ataque cardíaco. É difícil crer no seu desaparecimento, porque também foi difícil notabilizar o varão daquela mito que o acompanhava por todo o lado. Ele costumava proferir que se fosse capaz de fazer metade do muito e do mal que lhe era atribuído, seria um super-homem. Um varão geral, acrescentou, não poderia ter tempo para instalar e destituir presidentes, comprar e vender meios de notícia, manipular jornalistas até que estes dobrem a sua vontade e outras atividades que enchiam os arquivos dos jornais, a maioria delas inventadas. Ele despertou pasmo e inveja.

Miguel Barroso teve dois países, aquele que lhe foi oferecido e aquele que amou com tanta naturalidade porquê se fosse de lá. Espanha e Cuba. As pessoas morrem enquanto vivem, dizem os psicólogos. No caso do Miguel tem sido assim. Morreu recentemente chegado de Cuba, depois de passar alguns dias em A Havana, onde se refugiou para ortografar seus romances. Ele dominou as ruas de Havana, muito porquê as do núcleo de Madri.

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Miguel Barroso foi muitas coisas, possuía muito poder e influência porquê claro participador político, gestor e publicitário criativo. Mas ele sempre quis ser plumitivo. Jornalista de seus próprios romances e romancista da vida de outras pessoas. Além de dois países, ele tinha duas famílias. O seu, que agora é órfão, e o outro, o da rua, aquele formado por todos os seus amigos. Amigos de puerícia, amigos de juventude e amigos de maturidade.

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Não há incerteza de que Miguel Barroso gostou da vida, viveu várias vidas, retirou-se para o quartel quando achou que já não tinha condições para onde estava e voltou a si depois de recarregar as baterias. Ele nunca foi um varão dos holofotes, sabia que o verdadeiro poder é sempre exercido do outro lado da câmera e do espelho. Começou porquê jornalista e acabou por ser um técnico nas salas do poder, nas patologias do poder, nas suas altas e baixas paixões e na sua urgência de seduzir os cidadãos. Assim chegou ao lado de um jovem secretário-geral do PSOE chamado José Luis Rodríguez Zapatero, e desempenhou um papel importante no sucesso eleitoral de alguém que sempre foi mais que patrão.

Foi o seu Secretário de Estado da Notícia quando chegou ao Governo, mas supra de tudo foi o seu verdadeiro companheiro. Lá ele conheceu um jovem político, Carme Chacn, com quem acabou se casando e tendo um fruto, Michael, que desde muito jovem já conhece a desgraça da orfandade. Juntos eles tinham um projeto de vida e um projeto político. Carme Chacn estava prestes a liderar o PSOE, mas Rubalcaba Eu venci ele no último momento. Foi um período de grande intensidade política e emocional, que culminou em divórcio. Miguel Barroso morreu tal porquê Carme Chacn. Seus corações pararam em morada, traiçoeiramente e sem aviso prévio.

Embora tenha desenvolvido sua curso profissional em diversas empresas de publicidade, a política o conquistou e ele nunca conseguiu se livrar dela. Nos últimos anos, aquele jornalista de O passe que mais tarde foi maltratado pelo jornal que presidia Juan Luis Cebrín acabou fazendo secção do Juízo de Gestão da Grupo Rush porque o presidente da empresa o conheceu e foi seduzido por ele, porquê quase todo mundo. E ele também teve tempo para insinuar Pedro Sanchez. Antes de partir definitivamente, no estilo de um romance escrito por ele mesmo, e deixar órfãos as duas filhas mais velhas, o fruto pequeno, os netos, a esposa e os amigos.

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