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Ramona Coronado, conhecida como Mónica del Raval, morreu aos 60 anos. Com a sua morte, parte outro dos representantes mais populares do mais diversificado bairro de Barcelona. Ela praticou a prostituição por quase 20 anos e contou no documentário que leva seu nome, e após deixar a profissão continuou andando pelo Raval com sua maquiagem marcante e a coroa que a tornou popular.
Originária da cidade de Villamanrique, em La Mancha, depois de passar uma temporada em Madrid, estabeleceu-se em Barcelona. Ficou no Raval o resto da vida e era comum encontrá-la perto da Filmoteca da Catalunha. Sua popularidade foi tamanha que foi convidada para orientar uma exposição no Centre d’Arts Santa Mònica.
Mónica del Raval exemplifica os contrastes e mudanças do bairro central de Barcelona: o seu local de trabalho durante mais de 15 anos foram as colunas da fachada do Liceu, na Rambla. Quando a ópera (e ponto de encontro das elites) fechou, as prostitutas esperavam pelos clientes em frente dela. Há alguns anos, o Liceu decidiu instalar algumas cercas para desencorajar as prostitutas e os sem-abrigo de pernoitarem ali.
Mónica gostava muito de música, também clássica, e tinha ido ao Liceu como espectadora, como ela própria explicou numa das suas últimas aparições públicas. Foi na Catalunya Ràdio em 2017. Um ano depois começou a sofrer de problemas de saúde.
Na rádio pública Mónica falou sobre a evolução de La Rambla com outro ícone lendário do passeio de Barcelona, o dono do bar El Pinotxo, Joan Bayén, falecido no ano passado. Longe das críticas de Bayén aos turistas, tão partilhadas por milhares de barceloneses, Mónica contou a sua própria experiência: “O que queres que te diga, os turistas não me incomodam. Quando eu trabalhava na prostituição, eles pagavam melhor e tinham melhores maneiras do que qualquer outra pessoa.”
Oito anos antes, Mónica del Raval, que já era conhecida pela sua maquilhagem por quem passava pelo bairro, ascendera ao mito popular graças ao documentário homónimo dirigido por Francesc Betriu. A obra, disponível no Filmin, é um retrato em que Mónica tem absoluto destaque e no qual defende que praticou a prostituição de forma livre e responsável. Participou também de outras produções como ‘Puta y amada’ e ‘Nos pareciam importantes’, de Marc Ferrer.
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