Março 18, 2025
Muito-vindo a ‘Linden Hills’, o paraíso preto do capitalismo nos EUA

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Nos dias que antecedem o Natal, dois jovens amigos, White Willie e Shitty Lester, viajam por Linden Hills em procura de biscates para comprar presentes. Eles são negros, mas lá estão todos; um bairro rico, a materialização da subida social de seu povo: “Em Linden Hills eles podiam olvidar que, segundo o mundo, ‘preto’ não estava escrito em letras maiúsculas. […] O mundo não lhes deu zero além de oportunidades para fracassar, e eles não falharam porque estavam em Linden Hills.” Porém, nem tudo que reluz é ouro e, porquê Dante no Inferno, a cada paragem os meninos penetram mais fundo em um bairro que parece idílico, mas que, porquê todo resultado de sua idade, tem uma pegadinha.

Gloria Naylor (Novidade York, 1950-Christiansted, 2016) publicada Colinas Linden (Nórdica, 2024, trad. Shannel Julius e Blanca Gago), seu segundo romance, de 1985, dois anos depois de lucrar o Prêmio Vernáculo do Livro pela sua estreia, As Mulheres de Brewster Place. É sua segunda obra traduzida para o espanhol, depois de Moca Bailey (Arde, 2023, trad. Regina López Muñoz). A sua narrativa, com ressonâncias míticas e bíblicas, estrutura-se em torno das tensões da população afro-americana, com destaque para as mulheres, os pobres e os “desajustados” em universal; as margens das margens. Seus pais fugiram da segregação do Sul para se estabelecerem no Harlem, onde a incentivaram a estudar. A própria Naylor incorpora esse aparente progresso; ninguém melhor para desvendar o que ela esconde.

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