A arquitetura de Riken Yamamoto nipónico se destaca pelo compromisso com as pessoas. Com os seus projetos, reforça o sentimento de comunidade entre todos aqueles que usufruem dos seus edifícios, sejam eles moradores de um prédio de apartamentos, estudantes de uma universidade, trabalhadores de uma câmara municipal ou transeuntes que param na rua para ver porquê alguns bombeiros estão se exercitando.


Prefeitura de Fussa (Tóquio, 2008)
Um arquiteto que traz pundonor à vida cotidiana
“Yamamoto é um arquiteto tranquilo que traz pundonor à vida cotidiana.” Foi mal o presidente do júri do Prêmio Pritzker, o chileno Alejandro Aravena (Pritzker 2016), definiu a obra do arquiteto nipónico. Aravena garantiu que “uma das coisas que mais precisamos no horizonte das cidades é fabricar condições através da arquitetura que multipliquem as oportunidades de encontro e interação das pessoas”. Os projetos de Yamamoto confundem a fronteira entre o público e o privado reforçando o sentimento de comunidade.


Ecoms House (Tosu, Japão, 2004).
Uma curso prolífica que se estende por cinco décadas
Nascido na China, mas emigrou para o Japão ainda gaiato, logo em seguida a Segunda Guerra Mundial, a curso de Yamamoto (Pequim, 78 anos) se estende por mais de cinco décadas. Entre outras coisas, projetou bibliotecas, museus, escolas e faculdades no Japão, China, Coreia e Suíça. Entre as mais notáveis: a Livraria de Tianjin (Tianjin, China, 2012); THE CIRCLE no Aeroporto de Zurique (Zurique, Suíça, 2020) ou na Universidade Zokei Nagoya (Nagoya, Japão, 2022). Da mesma forma, é também responsável de numerosos edifícios residenciais, porquê Hotakubo (Kumamoto, Japão, 1991), e residências privadas, porquê a lar Ecoms (Tosu, Japão, 2004).


Moradia Yamakawa (Japão, 1977).
Formado pela Nihon University em 1968, e com mestrado em Arquitetura pela Tokyo University of the Arts em 1971, em 1973 fundou seu estúdio: Riken Yamamoto & Field Shop. Durante os primeiros anos de curso dedicou-se a viajar. Em 1972, ele viajou de carruagem pela costa do Mediterrâneo com seu mentor, o também arquiteto Hiroshi Hara. Esteve em França, Espanha, Marrocos, Argélia, Tunísia, Itália, Grécia e Turquia. Em seguida, viajou para o México, Guatemala, Costa Rica, Colômbia e Peru. Ele também esteve no Iraque, Índia e Nepal. Todas estas viagens levaram-no à peroração de que a teoria de um “limiar” entre os espaços públicos e privados era universal.


Prédio residencial Pangyo (2010) na Coreia do Sul.
Se pretende estar a par de tudo o que publicamos em Arquitetura e Design, subscreva a nossa newsletter.
Casas projetadas para as pessoas interagirem
Sobre seus projetos habitacionais, Tom Pritzker, presidente da Hyatt Foundation, patrocinadora do prêmio, disse que suas obras estão sempre conectadas à sociedade e que “Yamamoto desenvolve uma novidade linguagem arquitetônica que não se limita a fabricar espaços para as famílias viverem, mas cria comunidades para as famílias viverem juntas”. Prédio residencial Pangyo (Seongnam, Coreia do Sul, 2010): multíplice de nove blocos habitacionais baixos, projetado com volumes transparentes no térreo que favorecem o relacionamento entre vizinhos. Um deck geral no segundo pavimento incentiva a interação, garantindo que os moradores que moram sozinhos não se sintam isolados. O prédio conta ainda com espaços de reunião, áreas de lazer, jardins e pontes que ligam os blocos habitacionais.


Corpo de Bombeiros de Hiroshima Nishi (Hiroshima, Japão, 2000).
Pritzker para uma arquitetura projetada para pessoas
“A abordagem arquitetônica atual enfatiza a privacidade, negando a urgência de relações sociais. No entanto, ainda podemos honrar a liberdade de cada quidam enquanto vivemos juntos no espaço arquitetônico porquê em uma república, promovendo a simetria entre culturas e fases da vida”, Yamamoto disse sobre seu trabalho.


Universidade da Prefeitura de Saitama (Koshigaya, Japão 1999).
Assim, o Pritzker premeia uma arquitetura que, numa era em que vivemos cada vez mais isolados, procura que as pessoas se relacionem, que tornem próprios os lugares que projeta, que o privado se torne público. Acontece com as casas mencionadas. Também com o Universidade da Província de Saitama (Koshigaya, Japão 1999). Especializado em enfermagem e ciências da saúde, Yamamoto projetou um multíplice de nove edifícios ligados por terraços que dão lugar a passarelas que conduzem a volumes transparentes que permitem ver de uma sala de lição para outra, mas também de um prédio para outro, promovendo a aprendizagem interdisciplinar. .


Prefeitura de Fussa (Tóquio, 2008).
Bons exemplos desta forma de projetar são os Câmara Municipal de Fussa (Tóquio, 2008), rodeado por uma esplanada com colinas suaves onde os trabalhadores podem caminhar ou sentar-se e repousar um pouco; meneamento Corpo de Bombeiros de Hiroshima Nishi (Hiroshima, 2000), tal qual interno não fica oculto aos transeuntes, que podem observar o quotidiano dos bombeiros desde o exterior ou em vários espaços criados para o efeito, procurando assim familiarizá-los com o trabalho daqueles que protegê-los. Yamamoto receberá o Pritzker no Art Institute of Chicago em 16 de maio.