Setembro 19, 2024
O prestigioso cirurgião espanhol Diego González Rivas explica em ‘La Revuelta’ como sua técnica de cirurgia torácica revolucionou o mundo
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O prestigioso cirurgião espanhol Diego González Rivas explica em ‘La Revuelta’ como sua técnica de cirurgia torácica revolucionou o mundo #ÚltimasNotícias

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Que entrevista. Esta noite, em ‘La Revuelta’, o palco do Teatro Príncipe de Gran Vía recebeu um convidado muito especial. “O melhor cirurgião do mundo”, anunciou David Broncano, dando lugar a Diego González Rivas. O cirurgião galego, conhecido pela inovação na cirurgia torácica, chegou ao programa vestindo camisolas e t-shirts da sua fundação, sob o lema “Impossível é nada”.

Entre salas de cirurgia e aeroportos

A técnica revolucionária de Diego González Rivas

Durante a entrevista, González Rivas admitiu que não era um aluno brilhante: “Tirei boas notas em ciências, mas o resto foi mediano”, comentou humildemente. Só no COU ele decidiu dar o seu melhor e conseguiu ingressar em Medicina. Ao longo dos anos, sua pesquisa o levou a desenvolver uma técnica revolucionária: cirurgia torácica minimamente invasiva videoassistida de incisão única. A técnica Uniportal permite operar na cavidade torácica através de uma pequena incisão intercostal ou subxifóide, utilizando cirurgia toracoscópica (Uniportal VATS) ou robótica (Uniportal RATS).

Em alguns casos, essas intervenções são realizadas sem a necessidade de intubação traqueal ou anestesia geral, permitindo que os pacientes recebam alta em apenas 24 a 48 horas. “Com esta técnica, o paciente recebe alta em dois dias”, explicou González Rivas, destacando os avanços que tem feito em sua área, enquanto Broncano brincava: “Você os opera jogando FIFA”.

Além de operar, Diego ensina aula magna para ensinar sua técnica a outros cirurgiões. Broncano, em tom humorístico, comparou-o ao Batman, lembrando que Diego é o cirurgião que mais operou no mundo: “Já operei em 136 países”, revelou, mencionando locais tão remotos como a Coreia do Norte e o Turquemenistão, onde “todos os carros são brancos para manter a homogeneidade com o mármore.” Também partilhou as dificuldades de operar em África, devido à falta de transporte de materiais. Apesar da agenda, Diego busca tempo para aproveitar: “No Quênia fiz um safári e na Tanzânia escalei o Kilimanjaro”.

Entre suas histórias de trabalho, destacou a experiência em Xangai, onde conheceu um paciente com seis dedos e confessou ter operado animais: “Operei cabras no Peru e um tumor em um cachorro”. Mas uma das histórias mais chocantes ocorreu no norte da China, onde ele teve que intervir num prisioneiro que tentou cometer suicídio esfaqueando-lhe o coração com uma faca. “Salvamos a vida dele, embora ele quisesse morrer”, disse ele. “É o dilema dos médicos: criminosos, assassinos… e temos que salvar suas vidas”.

O paciente que Diego salvou em Gana

A videochamada com Amos

Durante a entrevista, Diego González Rivas surpreendeu a todos com uma videochamada para Amos, paciente ganense que operou gratuitamente. “Estou feliz, estou saudável”, expressou Amos com gratidão. Ele contou como no seu país não podiam operar nem pagar o procedimento: “Esperei muito tempo, no Gana não puderam operar-me nem eu pude pagar a operação. “Diego me operou de graça.” Amos esteve à beira da morte em duas ocasiões, sufocando-se com o próprio sangue, até que González Rivas o trouxe de volta à vida.

Outra experiência dramática ocorreu na Arábia Saudita, onde operou um prisioneiro no corredor da morte com um problema cardíaco. “Nós o operamos, resolvemos… e então eles conseguiram executá-lo”, disse ele, já que de acordo com suas leis só podem executar pessoas saudáveis.

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González Rivas também apresentou um novo robô revolucionário, mostrando um vídeo de estreia sobre o seu funcionamento. “No momento temos isso em Xangai, mas chegará a mais lugares”, disse ele. Grison não pôde deixar de fazer a piada: “Peça no AliExpress”. Além disso, falou sobre a sua ‘Fundação Diego González Rivas’ e uma unidade cirúrgica móvel criada para levar a sua técnica aos países em desenvolvimento, especialmente na África: uma sala de cirurgia portátil que leva a cirurgia torácica às áreas mais necessitadas do mundo.

‘A Revolta’

As perguntas clássicas

Diego González Rivas não foi poupado das clássicas perguntas de David Broncano. Quando questionado sobre o dinheiro no banco, o cirurgião galego respondeu com humor: “Embora a minha atividade seja altruísta, tenho sorte que um paciente algures no mundo queira que eu o opere e me pague muito dinheiro”. Ele lembrou uma ocasião em que teve que voar para Bucareste no dia 25 porque, segundo o mapa astral da esposa do cliente, era o dia ideal para a operação. “Estou indo bem com o dinheiro”, confessou ele rindo.

Sobre as suas relações sexuais, González Rivas admitiu que a sua vida de viagens foi intensa no último mês: “Tem sido uma viagem louca e, por isso, estou a ter um mês mau”. No entanto, ele brincou sobre como entre os aeroportos encontrou alguns momentos de prazer individual.

Por fim, ao ser questionado se é mais machista ou racista, o cirurgião foi contundente: “Sou zero racista porque passo a vida inteira viajando e convivendo com pessoas de todos os países. Racista, nada. Sexista, talvez com um comentário ou uma piada”, destacou.

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