“Yolanda Díaz quer reavaliar o IPREM em 3% e pede a Sánchez que anuncie o aumento esta semana”, dizia uma manchete desta segunda-feira. O IPREM? Tive que recorrer a motores de procura para saber qual é a {sigla} ou {sigla} (uma {sigla} configurada de forma a permitir que seja pronunciada porquê uma termo) do Indicador de Renda Pública de Múltiplos Efeitos, e que vários benefícios sociais dependem disso indicador, incluindo-lhes o subvenção de desemprego.
Tate! Se pensava que com o IMV (Rendimento Mínimo Vital), o IT (Invalidez Temporária), o mercê SOVI (Seguro Obrigatório de Vetustez e Invalidez) e pouco mais já era bastante nesse ramo, estava safo. Dirija-se a um CAISS (Meio de Informação e Atendimento da Previdência Social) e peça a lista de siglas e siglas dos benefícios. Se a última legislatura foi o SMI (Salário Mínimo Interprofissional) que gerou tensões internas entre os parceiros do governo de coligação, o IPREM surge agora porquê um novo pomo de discórdia neste procuração.
O século XX foi chamado de século das siglas. Eles proliferaram porquê cogumelos depois da chuva. Em todos os campos. No projecto internacional: ONU, NATO (ou NATO), URSS, KGB, FMI (ou FMI)… Na política vernáculo: UCD, PP, PSOE (muito, isto é do século XIX), IU, ERC… No economia e empresas: CAMPSA, CEPSA, ONCE, RENFE, AVE, TALGO, BBVA, AENA, ACS, ENDESA, IAG, MAPFRE; UGT (também do século XIX), CCOO, CSIF, USO, CNT, CEOE, CEPYME; IPO, OPA; PIB, EPA, Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares, IVA, UTE, ERE… Na instrução; EGB, ESO, COU, URJC, APA, AMPA, CEPA.
De qualquer forma, não vou juntar mais setores nem a exibição de cada {sigla} citada, pois isso levaria uma evo.
O século XX foi chamado de século das siglas e o século XXI está a caminho de se tornar o século das siglas para tudo. Não só para Estados, organizações, instituições, empresas… mas também para entidades muito mais pequenas: departamentos, serviços, programas, procedimentos…
“Hoje eu tenho PQT. Vou transferir o paciente da CPRE para a SRPA porque ele está com muita dor. Prescrevi PCA com tramadol e dei ondansetrona para prevenir NVPO – um dia ouvi um médico.
“Vocês já sabem que Gonzalo queria estudar o INEF quando terminasse o ensino médio, mas porquê não obteve a nota de incisão, iniciou o TAFAD, curso que mudou para o TSEAS para ingressar no CAFYD e terminar os estudos superiores”, minha mana, que é professora, sobre meu sobrinho.
“O meu superintendente pediu-me um relatório detalhado para levar amanhã ao CGSEYS e penso que depois irá para o CDGAE, a antessala porquê vocês conhecem do CM”, disse-me um dia um eminente funcionário da Governo.
Há alguns meses, na revista Arquiletras, estudamos a possibilidade de geração de um léxico recente da Governo Universal do Estado, principalmente de siglas. Desistimos depois de algumas ligações de investigação. Foi um trabalho insuportável. Temíamos que quando terminássemos o último ministério teríamos que voltar ao primeiro porque centenas ou milhares de novos mandatos teriam nascido.
Parêntese. PQT é Programa Cirúrgico da Tarde; CPRE, Colangiopancreatografia Retrógrada Endoscópica; SRPA, Unidade de Recuperação Pós-anestésica; PCA, Analgesia Controlada pelo Paciente; e NVPO, Náuseas e Vômitos Pós-Operatórios.
Segundo parêntese: INEF era o Instituto Pátrio de Instrução Física; TAFAD, Técnico Superior em Atividades Físicas e Animação Desportiva; TSEAS, Técnico Superior em Ensino e Animação Desportiva; CAFYD, Atividade Física e Ciências do Esporte.
Relativamente ao IPREM (Indicador de Rendimentos Públicos de Múltiplos Efeitos), não sei se passará pela Percentagem Universal de Secretários de Estado e Subsecretários (CGSEYS) ou se irá diretamente para a Percentagem Delegada do Governo para os Assuntos Económicos (CDGAE). Mas, sem Orçamentos, a segunda vice-presidente, Yolanda Díaz, tem dificuldade em convencer a primeira vice-presidente e presidente da CDGAE, María Jesús Montero, a levá-lo ao Parecer de Ministros (CM).