Março 21, 2025
Orioles, ‘canários’ nas nossas margens

Orioles, ‘canários’ nas nossas margens

Continue apos a publicidade
Seção escrita por Juan Luis Hernández, da SEO Soria
Para ser socio o para información, escribir al correo [email protected]
VEJA A SEÇÃO COMPLETA ‘2024, UM ANO DE AVES EM SORIA’

Um dos prazeres do início da primavera é passear por qualquer dos bosques presentes nas margens dos nossos rios. Os choupos, os choupos, os freixos, já saíram da nudez invernal e cobriram os seus ramos de folhas, verdes e frescas, tornando invisíveis os muitos habitantes alados presentes que, no entanto, se manifestam e se fazem notar com os seus belos cantos.

Paremos um pouco, um som canelado, potente e melódico, que em algumas zonas da província oriental em contacto com zonas riojanas e aragonesas se traduziu num “toureiro martín” ou “estou com indiferente, estou com indiferente” , será aquele que acabará chamando nossa atenção.

E podemos tentar deslindar o emissor de tal quina, sendo em muitos casos esta missão infrutífera, pois estamos perante uma espécie que passa quase todo o seu tempo entre as copas mais altas das árvores, quase sem descer ao solo. Se tivermos sorte, talvez saia da nossa boca uma interjeição de surpresa, visto que não se trata de uma típica ave castanha ou acinzentada, mas sim de outra espécie tropical que se digna visitar-nos, única representante da sua grande família na Europa.

Continue após a publicidade

Estou quase terminando o item e ainda não disse que estamos falando do papa-figo europeu (‘Oriolus oriolus’). Tanto ouro em seu nome não é excesso já que o amarelo limão que cobre grande segmento da plumagem do masculino justifica tal nome. Apresenta-se aquele amarelo sumptuoso, uma vez que já estamos vendo cá que ocorre em muitas espécies, exclusivamente pelo masculino, contrastando bastante com o preto das asas.

Continue após a publicidade
Papa-figo feminino.  Foto Jesus Ruiz
Papa-figo feminino. Foto Jesus Ruiz

A fêmea apresenta tons muito mais opacos, com segmento superior virente oliva e segmento subalterno esbranquiçada e com listras cinza. É uma ave de tamanho médio, pois tem o tamanho de um melro grande, com murado de 24 centímetros de comprimento e aproximadamente o duplo da envergadura.

Acabam de chegar de África e ocupam todas as matas ribeirinhas, sim, mas também são comuns em carvalhais e carvalhos ou pomares com árvores de fruto nas proximidades das cidades. Pela sua grande discrição e pela dificuldade de observá-lo, uma vez que já salientamos, muitas vezes pensa-se que se trata de uma espécie rara.

Zero disso. É uma espécie generalidade, frequente nos ambientes descritos em toda a província e tudo parece indicar que nos últimos anos a sua população tem vindo a aumentar, tal uma vez que acontece no resto da Península. Estarão connosco até Agosto, sendo já raros nos primeiros dias de Setembro. Embora faça dieta insetívora, em agosto necessita de muita pujança para realizar uma viagem tão longa e é aí que aparece uma vez que um ávido consumidor de frutas. Se alguém tem uma figueira em sua cidade, preste atenção e você a verá, já silenciosa, mas também bela.

Continue após a publicidade

Fonte

Continue após a publicidade

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *