Uma das semifinais mais interessantes e a priori mais disputadas não decepcionou e será decidida no sétimo jogo. O Os Timberwolves de Minnesota esmagaram o Nuggets de Denver por 115-70 para forçar o desempate da melhor maneira provável: dominando os rivais e voltando ao grande momento de forma com que iniciou a série.
E isso apesar do início ter sido favorável ao Nuggets. Para surpresa de todos, o time do Denver conseguiu passar no contra-ataque e pegou a resguardo desprevenida em mais de uma ocasião. O 2-9 refletido no placar poderia anunciar uma novidade dança para o Nuggets… mas essa teoria não durou muito. Os Wolves deixaram para trás o mau início de jogo para dar aos Nuggets um set que mudou tudo. O 20-0 que os locais acorrentaram Incendiou a todos, jogadores e torcedores, condicionando completamente o que viria a seguir.
Hoje foi um daqueles momentos em que uma estatística fala por si. O 31-14 com que terminou o primeiro quarto fez com que os Lobos já começassem a abrir vantagem e que um deles estivesse em festa. Antonio Eduardo Somaram os mesmos pontos que o Denver Nuggets nos primeiros doze minutos, facto que reflecte perfeitamente a noite terrível que os Nuggets estavam a ter… e isso só pioraria as coisas.
Por mais que Nikola Jokic (22 pontos e 9 rebotes) teve um certo momento de inspiração no segundo quarto, nem mesmo o sérvio conseguiu mudar a dinâmica e cumprir os desejos do seu treinador. Mike Malone falou pouco antes de iniciar o segundo período que era preciso cuidar da posse de bola para evitar derrotas e os contra-ataques que delas decorrem. Mas seus alunos fizeram o oposto. Os ataques não foram excessivamente ruins e em muitas ocasiões a bola simplesmente não quis entrar para o Nuggets (Jokic terminou com duas assistências, mas poderiam facilmente ter sido quinze), mas onde os Lobos calçaram as botas foi em quadra aberta. Repetidas vezes, o Minnesota demonstrou ser a melhor defesa do campeonato e já se sabe que este é o melhor ataque. Coincidindo com a visita obrigatória de Jokic, que como sempre soube encontrar o liberto mas que hoje falhou, ao banco, o Nuggets voltou a cair e chegou o segundo grande quarto da noite. Com uma vantagem de 13-0, os Lobos conseguiram aumentar a vantagem para 59-40 no intervalo.
Assim que começou o segundo tempo, o momento de incerteza da noite foi vivido. Anthony Edwards (27 pontos, 4 rebotes e 4 assistências) Sofreu uma queda muito forte que deixou o pavilhão congelado, mas o jovem astro se recuperou sem problemas apesar do espetacular acidente.
Aquele que não era notícia, nem para o bem nem para o mal, era Jamal Murray. O companheiro de Jokic ainda estava absolutamente ausente (10 pontos com 4/18 arremessos de campo) e seus Nuggets sofreram com isso. Se adicionarmos a isso que Jaden McDaniels (21 pontos) teve uma de suas melhores noites na NBA, que Gobert (8 pontos, 14 rebotes e ótima defesa contra Jokic) sim KAT (10 pontos e 12 rebotes) Continuaram comandando a área e como os suplentes do Wolves contribuíram em todos os aspectos, a fórmula só tinha uma solução: goleada histórica.
A falta de contribuição do banco visitante, cujas substituições só somaram com o jogo literalmente selado, foi um dos maiores culpados pelo constrangimento que foi o segundo tempo. Dança, banho, surra, pá… São muitas as eliminatórias possíveis, mas com certeza ficariam aquém, aparentemente no Target Center, que também viu como tinham frango de graça para as falhas nos lances livres do Nuggets.
Graças a uma ótima leitura ofensiva, a vantagem local só aumentou (tornou-se 50 com 114-64) Com o passar dos minutos, tornou-se um doloroso 99-63, em que ambas as equipes levantaram a bandeira branca. Troca de olhares entre Chris Finch e Mike Malone, titulares no banco e todos pensando no que Anthony Edwards foi o responsável por lembrar pouco antes de se sentar: será o jogo sete.
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