- Responsável, Rascunho
- Papel, BBC News Mundo
À medida que o caos cresce no Haiti e o governo declara estado de emergência totalidade, os líderes de gangues que controlam segmento do país pedem a exoneração do primeiro-ministro Ariel Henry.
Um desses líderes é Jimmy Chérizier, espargido porquê “Barbecue” e líder de uma das gangues mais poderosas – o G-9 e a Família (G-9 an fanmi) – por trás da violência no Haiti.
Esta violência atingiu novos níveis depois de homens armados terem entrado no sábado na principal prisão do país e libertado mais de 3.700 prisioneiros. Nesse ataque, 12 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas.
Mas o ataque à prisão é mais um sintoma da delicada crise que afecta o país caribenho, principalmente desde 2020.
A guerra das gangues pelo controle territorial serviu de base para a geração de uma masmorra de violência que deixou milhares de mortes e uma situação cada vez mais sátira de instabilidade social.
Um dos momentos mais graves foi o assassínio do presidente Jovenel Moïse em 7 de julho de 2021o que precipitou uma crise institucional no país que está longe de ser resolvida.
Segundo diversos relatos, com o recente assalto à prisão a intenção das gangues, que controlam quase 80% do território de Porto Príncipe, foi exigir a repúdio do primeiro-ministro Henry, que em seguida a morte de Moïse assumiu o poder Ele governou o país sem convocar as eleições prometidas.
“Pedimos à Polícia Pátrio do Haiti e ao tropa que assumam a sua responsabilidade e prendam Ariel Henry. Mais uma vez, a população não é nossa inimiga; os grupos armados não são seus inimigos”, disse Chérizier numa mensagem nas redes sociais.
No pretérito, o líder criminoso exigiu anistia do governo de Henry e a libertação de todos os membros de seu grupo.
E esse pedido não vem de qualquer nome: Chérizier, um ex-policial que agora se tornou encarregado do transgressão, consolidou-se porquê uma das principais figuras na vaga de violência de gangues que abalou o Haiti nos últimos anos.
Segundo os Estados Unidos e o Recomendação de Segurança das Nações Unidas, é responsável por graves violações dos direitos humanos no Haiti.. Por esse motivo, Washington e a ONU impuseram-lhe sanções.
Desde a morte de Moïse, Chérizier assumiu um papel mais importante na promoção de uma revolução contra a escol política “corrupta” do país.
E uma de suas ferramentas favoritas são as redes sociais, não só para expandir sua mensagem, mas também para atrair seguidores para sua organização armada.
Da polícia para controlar as ruas
A primeira questão que surge sobre sua figura é o motivo de seu sobrenome.
Ele disse em entrevistas que é porque sua mãe vendia frango na rua.
Mas, segundo algumas testemunhas da violência haitiana, É porque ele costuma queimar as casas e os cadáveres de suas vítimas.
Embora tenha começado porquê policial, Chérizier hoje é o líder do chamado G-9 e Família, uma associação de algumas das gangues mais perigosas de um dos países mais violentos do mundo.
Juntamente com outras organizações criminosas poderosas – incluindo 400 Mawozo, o quadrilha culpado pelo rapto de um grupo de 17 missionários americanos e canadianos em 2021 –, o G9 e a Família contribuíram para o caos, e Chérizier tem sido a sua força motriz.
Nascido na capital haitiana há aproximadamente 47 anos, nem as sanções que os Estados Unidos impuseram contra ele nem qualquer mando do seu país conseguiram controlar as suas ações.
Mas a curso criminosa de Chérizier começou quando ele era policial e esteve envolvido na morte de nove civis, que se enquadraram no que foi apresentado porquê uma operação solene contra as máfias em Grand Ravine, um bairro de Porto Príncipe, em novembro de 2017.
A partir desse momento também começou seu relacionamento com as gangues que atuam no país. Primeiro com Delmas 6, onde se tornou um de seus principais porta-vozes.
Segundo relatos locais e internacionais, Chérizier conseguiu obter o poder daquela gangue graças a favores da polícia e do governo de Moïse.
E porquê agente da polícia alegadamente cometeu algumas das atrocidades pelas quais foi posteriormente sancionado em organismos internacionais.
A ONU e os Estados Unidos indicaram que Foi um dos responsáveis envolvidos no massacre de La Saline, bairro de Porto Príncipe, onde dezenas de pessoas morreram num ataque coordenado da polícia e de grupos criminosos contra a população lugar. para, de conformidade com o Departamento do Tesouro dos EUA, “reprimir a dissidência política”.
Pelo menos 71 pessoas morreram.
Cherizier sempre negou todas as acusações.
“Não sou um gangster, nunca serei”, disse ele à Al Jazeera numa entrevista em 2021. “É contra o sistema que estou a lutar. Eles fazem parecer que ele é um gangster”, acrescentou.
Durante 2018 e 2019, Chérizier esteve alegadamente envolvido noutros ataques brutais noutros locais de Porto Príncipe.
“As gangues criminosas estão mais muito equipadas do que a polícia e têm a proteção das autoridades”, disse Pierre Esperance, diretor da ONG Haitiana Rede Pátrio para a Resguardo dos Direitos Humanos, à BBC Mundo em entrevista em 2021. explicando o contexto de impunidade em que Chérizier opera.
Com esse poder, Chérizier iniciou uma guerra sangrenta pelo controle territorial de Porto Príncipe, onde foram cometidas uma série de massacres que espalharam o terror não só na capital, mas em todo o país.
Segundo a Rede para a Proteção dos Direitos Humanos no Haiti, as ações de Chérizier e do seu grupo armado não se concentraram unicamente nas execuções de pessoas, mas também no incêndio das residências daqueles que foram objeto dos ataques.
Por volta de junho de 2020, e aproveitando o caos reinante, Chérizier promoveu a união de nove gangues no grupo que finalmente chamou de G-9 e Família. O proclamação foi feito através de seu meato no YouTube.
Mas o assassínio do presidente em 2021 foi um ponto de ruptura para a sua organização, segundo analistas internacionais, porque o levou a perder a protecção governamental.
De conformidade com o portal Delito InSightantes do assassínio de Moïse, 50% do financiamento do G-9 provinha de numerário do governo, sendo 30% proveniente de sequestros e os restantes 20% obtidos através de roubo.
No entanto, em seguida o assassínio, o financiamento governamental caiu 30%.
Isso supostamente motivou o líder a travar a sua guerra contra o povo que herdou o controlo político do país.
Em outubro de 2021, o primeiro-ministro Henry, que permaneceu no função em seguida o assassínio de Moïse, foi impedido de depositar uma grinalda de flores num monumento porque membros fortemente armados da gangue de Chérizier apareceram de repente e atiraram nele.
Vestido com um impecável terno branco e ladeado por seus homens, o líder da gangue procedeu à colocação de uma grinalda de flores no monumento, numa extraordinária mostra de força.
Chérizier também é culpado de liderar ações de sabotagem contra o fornecimento de combustível do país, e os seus homens bloquearam vários carregamentos de gasolina porquê medida de pressão contra o governo de Henry.
A escassez de gasolina agravou a situação humanitária no Haiti.
O seu gangue G-9 também tem travado uma guerra sangrenta com o G-Pèp, um gangue rival alegadamente ligado a partidos que se opunham ao presidente assassinado Moïse.
Tiroteios e disputas territoriais entre os dois grupos são comuns e se espalharam dos bairros mais pobres ao meio de Porto Príncipe.
Tudo isso sob a expansão de suas estratégias de rede não só para falar seus objetivos, mas também para atrair mais seguidores para suas fileiras.
Ordens e ameaças no YouTube
O que se viu nas ruas de Porto Príncipe também se transferiu para o campo das redes sociais, onde Chérizier consolidou uma possante influência.
“Os bandidos nunca seriam tão poderosos porquê são no Haiti sem as redes sociais. Sempre tivemos criminosos, mas sem essas plataformas eles não seriam tão famosos“Yvens Rumbold, do think tank Policité, disse ao jornal O Washington Post.
Esta premissa foi utilizada por Chérizier para implementar o seu projecto. Ele não só usou sua conta na plataforma de vídeos YouTube para falar a geração do G-9, mas também para solicitar que a polícia prendesse o atual primeiro-ministro do Haiti.
Mas essa não é a única rede. No X (velho Twitter) ele também fez fortes apelos para assumir o controle do país e remover a atual classe dominante.
As redes têm servido até para publicar imagens de corpos em seguida execuções através do WhatsApp ou para pedir espeque à desculpa através de mensagens virais no Instagram ou TikTok.
Aliás, foi Chérizier quem falou sobre a valia das redes sociais numa entrevista no seu meato no YouTube.
“Agradeço a quem cria essas tecnologias. A tecnologia hoje nos dá a oportunidade de nos aproximarmos e nos apresentarmos ao público. Não estou vendendo mentiras”, disse ele ao ser questionado por um seguidor.
“Sou quem digo que sou. Não faço 99 por cento do que disseram que fiz… As tecnologias deram-me a oportunidade de me proteger”, acrescentou.
*Com reportagem de Vanessa Buschschlüter.
E lembre-se que você pode receber notificações. Baixe a versão mais recente do nosso aplicativo e ative-os para não perder nosso melhor teor.