Março 18, 2025
Região separatista moldava da Transnístria pede “proteção” da Rússia

Região separatista moldava da Transnístria pede “proteção” da Rússia

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Atualizada

As autoridades da Transnístria, região separatista pró-Rússia da Moldávia, pediram esta quarta-feira a “protecção” de Moscovo contra alegadas “pressões” do governo moldavo, acentuando a tensão numa região já partida pela operação militar russa na Ucrânia.

Pouco depois, a Rússia indicou que considerava que “proteger” os “compatriotas” da Transnístria era uma das suas “prioridades” e que iria “examinar cuidadosamente” o pedido para aquela região de 4.160 km2 que se estende entre a margem oriental do rio Dnister e a Ucrânia.

Os deputados da Transnístria reunidos em Tirspol, a principal cidade do enclave, apelaram a Moscovo para “implementar medidas para proteger a Transnístria face à pressão reforçada da Moldávia”, que adoptou recentemente medidas de retaliação económica contra os separatistas.

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Transnístria, onde vivem “mais de 220 milénio cidadãos russos”enfrenta “ameaças sem precedentes de natureza económica, sócio-humanitária e político-militar”, sublinha a enunciação.

O ministro das Relações Exteriores dos separatistas, Vitali Ignatiev, disse à televisão russa Rossiya 24 que se tratava “inicialmente de um pedido de suporte diplomático”.

Em Washington, o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, disse que “os Estados Unidos apoiam fortemente a soberania e a integridade territorial da Moldávia dentro das suas fronteiras internacionalmente reconhecidas”.

O primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, afirmou que “a ameaço de mediação russa, ou pelo menos de provocação, é permanente” e considerou que tensões na Moldávia são “perigosas” para a região “e não exclusivamente para a Ucrânia.”

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A petição da Transnístria lembra a dos separatistas pró-Rússia no leste da Ucrânia em Fevereiro de 2022, que foi um dos pretextos invocados pelo Presidente Vladimir Putin para lançar a sua ofensiva militar em grande graduação contra a Ucrânia.

O Ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia instou o governo da Moldávia e os separatistas da Transnístria a procurar “uma solução pacífica dos aspectos económicos, sociais e humanitários” da crise, “sem interferências externas destrutivas”.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, voltou a instar esta quarta-feira a comunidade internacional, durante uma reunião com líderes dos Balcãs na Albânia, a açodar a entrega de armas e munições para travar os avanços russos das últimas semanas no leste do seu país.

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1.500 soldados russos na Transnístria

Os deputados separatistas afirmaram que pretendiam usar medidas urgentes contra a recente imposição de tarifas aprovadas pela Moldávia sobre produtos da Transnístria.

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Em 2006, num referendo na Transnístria que não foi reconhecido pela comunidade internacional, um 97% dos eleitores declararam-se em prol da independência e da união do território Rússia.

Em seguida o colapso da União Soviética, aquela região de língua russa proclamou a sua secessão e travou uma curta guerra contra o tropa moldavo em 1992.

Desde logo, a Rússia mantém uma presença solene de 1.500 soldados em missão de sossego naquele estreito território, com 465 milénio habitantes.

Outro ponto quente na Europa

Desde o início da operação russa na Ucrânia, multiplicaram-se as especulações sobre um verosímil ataque russo da Transnístria contra a vizinha cidade ucraniana de Odessa, nas margens do Mar Preto.

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Os separatistas da Transnístria, por seu lado, acusam a Ucrânia de querer brigar o seu território e de ter pronto um ataque goro contra os seus líderes.

Instaram também a OSCE, o Parlamento Europeu, a Cruz Vermelha e a ONU a evite “provocações” que poderia levar a “uma escalada de tensões”.

A Moldávia e a União Europeia acusam regularmente Moscovo de querer desestabilizar aquela antiga república soviética, agora com uma liderança firmemente pró-europeia.

Em dezembro de 2023, a União Europeia decidiu penetrar negociações de adesão tanto com a Ucrânia porquê com a Moldávia.

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