De todas as leituras relacionadas com o cinema, sobre o cinema ou por desculpa do cinema, nenhuma é capaz de ofuscar ‘Porquê fiz centena filmes em Hollywood e nunca perdi um centavo’ (Kaplan). Por ser engraçado, espirituoso e, supra de tudo, ilustrativo de uma vez que um varão munido somente de sua loucura e talento pode mudar tudo. Roger Corman, que morreu ontem aos 98 anos, oferece a sua vida nesse livro. Ou assim podemos inferir do que pretende ser e se anuncia uma vez que autobiografia. Mas, na verdade e à medida que ele próprio detalha cada uma das hipóteses de cada uma das suas perigosas produções, o que emerge é, pela ordem, a) o retrato perfeito de um tempo de mudança e revolução, b) a mais contente descrição de uma filosofia de vida entre o hedonismo, o rigor e o extremo hooliganismo, ec) uma autêntica obra de arte. E o que conta é levante último. Para além de todos os seus filmes, a verdadeira obra-prima que o realizador alegremente descreveu uma vez que o pai ou rei da série B nos deixa foi a sua própria vida.
É difícil lembrar de um único filme de Corman porque todos eles (ou boa segmento deles) são misturados, citados e até repetidos. Todos os seus filmes, independentemente do gênero, intenção ou nível de produção, são ele de forma radical. Corman foi o inventor do ‘modelo‘cinematográfico, autoplágio livre de vergonha. E não hesitou em utilizar os cenários de uma produção em outra, muito uma vez que cenas inteiras que pudessem ilustrar incêndios, perseguições ou investidas de cavalaria. Ele fez isso, logicamente, para salvar. Mas quem sabe se, com o passar do tempo, não estaremos agora em condições de ver um verdadeiro virtuoso da improvisação nesta forma de trabalhar. Tal uma vez que os músicos de jazz que reconvertem os “standards” em criações sempre livres e sempre diferentes, Corman entendia o cinema (e a vida) uma vez que um trabalho permanente de uniforme reelaboração e invenção. E isso, à sua maneira, discutiu tudo: desde a forma de fazer as coisas nos estúdios até a forma mais básica de abordar o papel do pai, do responsável, do cineasta.
No entanto, sua obra mais lembrada talvez seja ‘Pequena Loja dos Horrores’ 1960. O filme foi concluído em somente um termo de semana e isso não impediu que a história da vegetal carnívora fofoqueira que se alimenta de seres humanos acabasse se tornando o que o cansaço tem chamado de filme cult. A tal ponto que foi feito um músico na Broadway e, pelo menos, alguns ‘remakes‘. O sucesso do filme exemplifica perfeitamente quem e o que foi Corman. A facilidade em misturar descaradamente terror, humor, escatologia e falta de escrúpulos fez dele o que ainda é: um exemplo de cinema onde vale tudo desde que seja capaz de captar a atenção dos respeitáveis. Quando um tanto mais tarde George Lucas e Steven Spielberg irrompessem em cena com as suas revisões particulares e sofisticadas da ideologia Corman, não haveria solução.
Corman nasceu em 5 de abril de 1926 em Detroit, Michigan, e seu primeiro impulso foi seguir os passos de seu pai e se tornar um engenheiro profissional. Seu libido inicial durou quatro dias, durante os quais trabalhou na Electrical Motors em Los Angeles. Ele logo percebeu que seu negócio era outra coisa que tinha a ver com seus ídolos: Ford, Hitchcock e Hawks. Do jeito que estava, ele abordou a 20th Century Fox pronto para qualquer coisa e o que era, era um trabalho modesto uma vez que mensageiro. A partir daí virou leitor de roteiro e a partir daí, revoltado com o roubo de uma teoria, o mesmo. A partir de portanto, Corman seria somente Corman uma vez que o primeiro e mais independente cineasta da Terreno. Produziu nove filmes por ano até ter créditos que cabem em quatrocentos títulos.
Aos poucos foi se consolidando até se tornar necessário. Entre os muitos títulos perfeitos e ‘cormanianamente‘ olvidables, pelculas uma vez que ‘O poço e o pêndulo’, de 1961, de sua longa série de trabalhos com Vincent Price no comando, adaptados de Edgar Allan Poe; ‘A corrida mortal do ano 2000′, dirigido por Paul Bartel em 1975; ‘A Divindade Tubarão, assinado pelo próprio em 1958; ‘O ataque dos caranguejos gigantes, 1957; ‘Piraa’, de 1978 e feito por Joe Dante, ou ‘Mãe sangrenta’, de 1970, com Shelley Winters escoltado por um jovem e perfeito Robert de Niro, são somente uma modelo de sua capacidade de transformar material de demolição em ouro, em pura rito.
Jack Nicholson, que apareci en ‘Pequena Loja dos Horrores’ Porquê em várias adaptações de Poe, ele foi um dos atores cuja curso foi lançada pelo libido incansável de nunca parar, pela vontade determinada de ser Corman. E uma vez que ele, Peter Fonda e Dennis Hopper, que apareceu ao lado de Nicholson em ‘A viagem’a ode à contracultura e às drogas de 1967 a que o Totomica tanto deve (reprodução?) ‘Easy Rider (Procurando meu rumo)’, de, na verdade, Fonda e Hopper. E uma vez que eles, o mencionado De Niro, Sandra Bullock, Bruce Dern, Ellen Burstyn e William Shatner. Corman era uma espécie de campo de testes onde você podia testar todas as novidades e onde podia apostar em ser você mesmo, sem nenhum tipo de quesito. Unicamente um talvez: ninguém foi pago cá.
Mas onde o seu ensinamento e a sua influência foram verdadeiramente decisivos foi no surgimento de tudo o que viria depois. E não estamos falando somente da Novidade Hollywood com Coppola e Scorsese na cabeça. Também James Cameron, Jonathan Demme, Ron Howardou toda a saga de ‘Velozes e Furiosos’ó ‘Mad Max’, ou mesmo M. Night Shyamalan seriam incompreensíveis sem ele. O próprio Coppola, que em breve apresentará em Cannes seu projeto mais buscado, começou por aí. Ele fez isso revisando, reescrevendo e adaptando os diálogos em inglês de um filme soviético de ficção científica. Ele também conseguiu filmar uma cena de dois monstros em um hipotético ato de paixão que foi inserido posteriormente (puramente Corman, que também era distribuidor de filmes de insignificante dispêndio, simples. Ou não tão insignificante. ‘Gritos e sussurros’o Ingmar Bergman, ‘Amarcord‘, de Federico Fellini o ‘O Tambor de Lata’, de Volker Schlondorff foram introduzidos no mercado dos EUA por l). Posteriormente, o responsável ‘O paraninfo’ Tornou-se técnico de som de ‘Rivales pero amigos’ (1963) para saltar sem rede para o primeiro ofício uma vez que diretor: ‘Demência 13′. “Roger sempre foi um varão direto. Isso não fez você ter falsas esperanças. Ele foi muito sintético sobre o que deveria ser feito e o que poderia ser obtido em troca. Surgiu uma oportunidade fabulosa para alguém uma vez que eu: era melhor do que lucrar moeda”, declarou o próprio Coppola na autobiografia.
Com Scorsese foi uma tarefa semelhante de patrocínio. Não só produziu ‘Vagão Bertha’, a avaliação peculiar do diretor de ‘Ruas ruins’ do mito de ‘Bonnie e Clyde’mas deixou-lhe uma prelecção para a posteridade: “Martin”, disse-lhe ele, “você precisa fazer um primeiro lançamento realmente bom, porque as pessoas querem deslindar o que está acontecendo. Aí você fala sobre também traçar muito muito o último, para que o público veja uma vez que o filme termina. O resto não importa muito.” Mas além da piada (que realmente não era), a sentimento que Corman deixou em Scorsese foi indelével. E decisiva. “Corman é, apesar de tudo, um artista uma vez que poucos. “, porque, embora não se ligeiro muito a sério, conseguiu inspirar e nutrir outros talentos de uma forma que nunca foi invejosa ou difícil, mas enxurro de nobreza.” era eu.