Em Barcelona, em Madrid, em Roma e nos treinos em Roland Garros antes da estreia nesta segunda-feira contra Alexandre Zverev (por volta das 16h00, Eurosport), multidões de adeptos aglomeravam-se por onde passava Rafael Nadal para demiti-lo. Desde a sua enunciação na primavera do ano pretérito, a maioria do público aceitou que ele se aposentasse, que em 2024 deixaria para sempre o Grand Slam galicismo e que disputaria os seus últimos jogos nos Jogos Olímpicos de Paris, mas foram não está notório. Quem negou? O próprio Nadal.
Primeiro, nas semanas anteriores, timidamente e finalmente, neste sábado, o vencedor de 22 Grand Slams negou tudo enfaticamente. «Não quero me forçar a manifestar que oriente é meu último Roland Garros. Não quero fechar portas para mim mesmo. “Estou gostando do tênis, viajando com minha família e não sei uma vez que reagirei se jogar com menos limitações”, comentou na sala de prensa de Philippe-Chatrier, sua mansão. Uma alegria para seu público. Ou não. Porque Nadal sonha jogar mais uma temporada, mas também reconhece que qualquer revés, qualquer ‘prolongamento’, qualquer dor, o levaria de volta ao decadência da aposentadoria. O estabilidade é incerto. O espanhol arranca e arranca a margarida do seu porvir, mas a flor ainda não lhe responde. Não é o momento.
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“Eu entendo. Ele continua motivado, nos treinos se sente muito e acha que não precisa se reformar, mas depois nos jogos seu físico atrapalha e ele muda de teoria. Um dia você vê o sol e no outro as nuvens e por isso fica difícil tomar uma decisão firme. É preciso pensar que o Rafa não se aposenta porque quer, ele se aposenta porque o corpo obriga. Isso é muito importante”, analisa em Paris, Alex Corretjaduas vezes finalista cá, agora comentarista do segundo Grand Slam da temporada para Max e Eurosport, que irá transmiti-lo na íntegra.
Potente nos treinos
O ex-número dois do mundo recolhe assim as percepções do próprio envolvente de Nadal, o que garante que o seu nível físico está supra do que tem sido mostrado nas últimas partidas. A dura guia contra Hubert Hurkacz na segunda rodada do Masters 1000 de Roma foi muito desconcertante. Mas já havia sido a dificuldade de derrotar Zizou Bergs na estreia do torneio. Nadal veio logo de uma semana de treinos de altíssima intensidade, com um set de treinos vencido por Stefanos Tsitsipase ele se entendeu capaz de mais.
Agora, antes de Roland Garros, ele também chega depois de derrotar rivais do calibre de Sebastian Korda, Stan Wawrinka, Daniel Medvedev sim Runa Holger, logo nem ele mesmo pode inferir o que vai suceder. O trabalho dos últimos meses poderia florescer, vencer Zverev e estrebuchar o torneio uma vez que fez tantas vezes. Ou ele pode desabar logo, se machucar e entender que sim, agora é hora de se despedir.
Sem homenagens em Paris
Ele faz essa passeio na corda bamba há mais de um ano. Um contínuo sim, mas não. “A minha intenção é que 2024 seja o meu último ano”, disse em março de 2023 ao desabitar as pistas, mas poucos meses depois, em setembro, já restaurado da operação à anca, retraiu-se: “Não posso prometer que 2024 será seja meu último ano”. Ausente do Masters 1000 de Monte Carlo, esta temporada também não se despediu completamente do Troféu Conde de Godó e do Masters 1000 de Roma e somente foi contundente sobre a sua última participação no Mutua Madrid Open, torneio pelo qual sente paixão e odiar. Nadal nunca disse que oriente será o seu último ano em Roma.
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“Acho que em 2025 ele jogará em Monte Carlo e Roma, mas dependerá de uma vez que ele se sairá nos próximos torneios”, disse ele esta semana. Paulo Lorenzi, ex-jogador e diretor do torneio italiano, que também lembrou que o espanhol ainda tem calendário para esta temporada. Porque Nadal se inscreveu em Wimbledon – embora seja improvável que jogue – e confirmou que estará na Rod Laver Cup em setembro.
A sua indecisão impediu Nadal de receber homenagens oficiais além daquela que viveu em Madrid e também não haverá eventos semelhantes em Roland Garros. Apesar da estátua que parece esplendorosa na ingressão do Philippe-Chatrier, o espanhol poderia simplesmente desabitar o torneio parisiense, desde que o tenha solicitado. «Tínhamos um tanto planeado, mas ele quer deixar a porta ensejo, por isso não vamos pressioná-lo. “Posso confirmar que não haverá homenagem oriente ano”, comentou ontem a diretora da competição, Amelie Mauresmo, que confia que, quando chegar a hora, os torcedores parisienses improvisarão uma despedida de Nadal ao seu nível.