Novembro 16, 2024
Santo Antônio de Pádua, companheiro de viagem

Santo Antônio de Pádua, companheiro de viagem

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Entrevista no L’Osservatore Romano com Padre Ramina, reitor da basílica, sorte de milhões de peregrinos: “Um povo universal é fanático do Santo. Ele conquista tantas pessoas porque sabe hospedar e ouvir a todos, sem excluir ninguém .”

Alvise Sperandio – Cidade do Vaticano

Milhões de pessoas vão ao túmulo de Santo Antônio de Pádua todos os anos, fazendo fileira para rezar e tocar a lápide. E no dia 13 de junho, memória litúrgica a ele dedicada (natalício de sua morte), a viagem se renova incessantemente com milhares de visitas do amanhecer ao anoitecer, num dos dias mais luminosos do ano. António (Lisboa, 1195 – Pádua, 1231), sacerdote xabregano e Doutor da Igreja canonizado em 1232, é um dos santos mais queridos do mundo, “o Santo” por superioridade, tal porquê Pádua é identificada no imaginário colectivo porquê “a cidade do Santo.” Na basílica pontifícia, governada durante três anos pelo padre Antonio Ramina, vicentino de 54 anos, da ordem franciscana dos Irmãos Conventuais Menores, está tudo pronto para a sarau, antecipada pela celebração da “Tredicina” (a treze terças-feiras anteriores). Amanhã a programação será intensa: pela manhã, missas com o procurador pontifício, dom Diego Giovanni Ravelli, e o patriarca de Pádua, Claudio Cipolla; à tarde, a do ministro provincial dos Irmãos Menores Conventuais, Padre Roberto Brandinelli, seguida da solene procissão pelas ruas da cidade repleta de fiéis acompanhando a estátua de madeira e as relíquias do santo.

Padre Ramina, quem é Antonio para você?

Não foi uma invenção imediata. Entrei no convento mais inspirado na figura de São Francisco do que em qualquer outra coisa. Conheci Santo Antônio, que, porquê sabemos, conheceu o Pobrezinho de Assis porquê tradutor original do franciscanismo. Ele me fascinou por dois motivos: o seu paixão pela vocábulo de Deus, com grande ênfase no silêncio, na reflexão e na prece, e o inédito poder da sua pregação sempre em obséquio dos pobres.

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Por que leste santo é tão venerado?

É um pouco misterioso: existem muitos santos “bons” que estão próximos das pessoas. Acho que San Antonio conquista muita gente porque sabe hospedar e ouvir a todos, sem excluir ninguém. E porque transmite a todos a dimensão emocional da fé.

Quem são os devotos de Santo Antônio de Pádua?

É um povo universal: há homens e mulheres, jovens e velhos, ricos e pobres, doentes e saudáveis, pessoas com elevadas qualificações ou não. Não necessariamente crentes, pelo contrário. Os frades que guardam a basílica veem porquê todos se aproximam verdadeiramente do seu túmulo, porque o seu chamado não tem barreiras nem diferenças.

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O que as pessoas procuram em Santo Antonio?

Supra de tudo conforto e suporte. Santo António é um companheiro de viagem, um camarada no caminho pessoal de cada um de nós. Muitos vão pedir a sua intercessão pelos problemas de saúde, pedindo curas, milagres, obrigado. Neste sentido, as numerosas fotos de ex-votos expostas perto do túmulo são um testemunho poderoso e mostram o rosto universal da Igreja. A gratidão pelos presentes recebidos também é muito possante.

O que há no gesto de tocar a lápide?

Não é magia nem superstição, mas recorda-nos que a nossa vida de fé não pode ser exclusivamente pensamento, sentimento, boa intenção, mas é também entrar numa vida vivida, numa história concreta. Esta viagem contínua ajuda-nos a remotivar-nos no nosso caminho de fé.

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Toda questão de saúde implica sempre uma questão de salvação.

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Quando uma pessoa se aproxima do túmulo por motivo de uma doença, ela pede com razão a trato. Mas o verdadeiro milagre, porquê acontece também em Lourdes, é que outros espaços se abram à prece. O evangélico “pedi e vos será oferecido” é muito bom, mas não podemos olvidar que não necessariamente chega. O que conta é confiar-nos a Deus que está ali, ao nosso lado, com as nossas feridas e fadigas e nunca nos abandona.

Qual a relevância do santo na sociedade opulenta e supertecnológica de hoje?

Ele meditou muito e falou com força. Antonio é o santo da interioridade. Ele nunca se preocupou em se exibir ou mostrar sabe-se lá o quê. Ser e comparecer nele andam juntos. “Eu sou o que pareço”, ele gostava de expor.

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Qual é o ponto de contato com São Francisco de Assis?

Ambos não estavam interessados ​​na exegese ou na cultura em si, mas sim que a voz do Senhor, o chamado à vocação, fosse reconhecida na Termo de Deus. Há um ditado profundamente preciso: “que as palavras cessem e as ações falem”.

A procissão por Pádua é um sinal de fé e testemunho numa “civis” cada vez mais descristianizada.

É na medida em que sabe gerar links. Quem caminha detrás da estátua é uma comunidade eclesial que se encontra e se reconhece na fé em Deus através da intercessão de Santo António, e sempre na medida em que depende da mediação, mesmo que esta não seja plenamente compreendida.

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Nestes tempos de guerra, porquê pode San Antonio ajudar a silêncio?

No manifesto antoniano do mês de junho, o santo aparece diante do tirano que lhe pede que renuncie à violência: não consegue, mas a sua coragem para expressar razões convincentes em prol da silêncio é prodigiosa. É um pouco porquê o Papa que incessantemente, em todas as ocasiões, invoca a silêncio, mas parece não ser ouvido. Antonio nos ensina a não desistir de nossos esforços e a promover uma silêncio que, antes de tudo, deve dimanar de nossos corações e de nossa vida cotidiana. Todos somos chamados à conversão. A silêncio no mundo depende dos poderosos da terreno, mas também do nosso compromisso pessoal.

A sua saudação “Tranquilidade e Muito” é um hino à vida.

A silêncio é o libido que ninguém não sentiu tão longe de Deus que não possa reiniciar, ou mesmo se restaurar das quedas causadas, em primeiro lugar, pelos nossos pecados. Enquanto clemência significa procurar relacionamentos bonitos, talvez simples, mas autênticos, os únicos que valem a pena na vida.

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