Salvador Calvo está, com Esteban Crespo (‘Praia Negra’), Fernando González Molina (‘Palmeiras na Neve’) ou Norberto López Querido (‘Caderno de Sara’), um dos poucos cineastas espanhóis que procuram locações exóticas para rodar um filme muito multíplice, que oscila entre o drama, o suspense e a proeza. Calvo, depois de narrar a comovente viagem africana do pequeno ‘Adú’, pela qual ganhou o Goya de Melhor Diretor, rumou ao Tibete, com clássicos porquê ‘Horizontes Perdidos’, ‘O Fio da Navalha’ e ‘Sete Anos no Tibete’ porquê moeda.
Há dois filmes em ‘Vale das Sombras’, de tom e interesse muito diferentes, porquê já acontecia em ‘Adú’. Os valores da produção, reconhecidos com três nomeações Goya, e a formosura das paisagens impressionam. A lentidão da edição, por outro lado, atrapalha a história, que não reflete plenamente a sua intensidade é o risco, o suspense e as emoções da jornada de conhecimento interno e autoperdão do protagonista. O recém-chegado Stanzin Gonbo, seu jovem colega tibetano, um verdadeiro ladrão de aviões, brilha com seu charme.
Para voar com a imaginação e viver aventuras em destinos de sonho.
O melhor: aposte em cenários inusitados em nosso cinema.
O pior: o mal de sempre hoje, excesso de filmagem.
Ficha técnica
Endereço: Salvador Calvo. Departamento: Michael Herran, Susana Abaitua, Alexandra Masangkay, Ivan Renedo, Stanzin Gonbo, Kunga Dodon País: España Ano: 2023 Data de estréia: 12-1-2024 Gênero: Drama Roteiro: Alejandro Hernández Duración: 122 minutos.
Sinopse: Montanhas do Himalaia, ano de 1999. Quique, Clara e o pequeno Lucas aproveitam as primeiras férias juntos no setentrião da Índia. Uma noite, dormindo ao ar livre durante uma tempestade, eles sofrem um ataque brutal de bandidos. Horas depois, Quique é resgatado por um nativo e levado para uma localidade remota e isolada nas montanhas.
Três décadas dedicadas à reportagem de cinema, minha paixão. A imagem em movimento foi a última das Belas Artes a surgir, a sétima, mas foi a primeira que nasceu com a maravilhosa vocação de ser usufruída pela maioria e também. Pessoas porquê John Ford, Alfred Hitchcock, Billy Wilder, François Truffaut, García Berlanga, Vittorio de Sica e Steven Spielberg, mestres da imagem e, sobretudo, grandes contadores de histórias, compreenderam isso e fizeram filmes para todos. Tive a sorte de poder contá-lo em Fotogramas, Vaga Cero e El Mundo, entre outros meios de notícia; e em livros porquê ‘Hollywood Naked’ e ‘Black Chronicle of Hollywood’. Membro da Liceu de Cinema (desde 2006).