A visitante de Felipe González a O formigueiro deixou uma infinidade de manchetes em sua estudo dos eventos políticos e sociais atuais. Foi curioso porquê a entrevista começou e terminou. No início, ele chamou a atenção por culpa da pasta que carregava. No entanto, ele lançou exclusivamente um livro: a Constituição espanhola. “Acho que temos uma sociedade melhor que a política”, assegurou.
O fecho foi com um pedido in extremis. Queria referir-se a uma polémica que “sufoca”: a renovação do Recomendação Universal da Magistratura. “Todos os serviços judiciais em Espanha estão paralisados, os cidadãos sofrem atrasos inaceitáveis”, afirmou. Ele contou, com tino de humor, uma anedota: “A pena de uma pessoa que morreu há três anos a sete anos de prisão, acho que agora ele vai pegar ligeiro”.
Quando Pablo Motos lhe perguntou se tinha alguma fórmula, o ex-presidente do Governo garantiu ter sugerido “várias formas de o fazer”, ao mesmo tempo que criticou a posição do PP. “Há soluções sérias”, insistiu, embora quisesse terminar deixando outra manchete: “Se ficarmos sem humor, porquê vamos suportar esta política em que vivemos”.