A quarta vez foi o charme. Esta quinta-feira a SpaceX – empresa aeroespacial de Elon Musk – conseguiu finalmente completar uma missão sem que tanto o impulsionador Super Heavy uma vez que a nave Starship explodissem em pleno voo, uma vez que nas três ocasiões anteriores. Embora no caso da invólucro, sua reentrada na atmosfera testou sua resistência e quase terminou novamente em sinistro.
O navio, o maior já construído – com 121 metros de profundeza – decolou sem problemas e conforme planejado de Boca Chica (Texas) às 7h50 locais (14h na Espanha).
O projecto da SpaceX era que o enorme foguete Super Heavy que alimenta a invólucro retornasse à Terreno seis minutos posteriormente o lançamento. Um marco que não havia sido conseguido em nenhuma das três tentativas anteriores. Foi mal aconteceu e o propulsor, três minutos depois, se desprendeu da invólucro e fez uma queda suave, três minutos depois, sobre as águas do Golfo do México.
Foi a quarta missão da nave que levará o varão de volta à Lua e talvez, pela primeira vez, a Marte.
Para a invólucro Starship, a teoria era que ela acionasse seus próprios foguetes e iniciasse uma viagem de uma hora e meia em direção ao Oceano Índico, no extremo noroeste da Austrália. O momento crítico foi a reentrada na atmosfera terrestre. É preciso lembrar que em seu voo mais recente, em março deste mesmo ano, a Starship explodiu justamente na atmosfera terrestre ao tentar retornar. Desta vez, a missão foi cumprida com sucesso, embora não sem grandes doses de emoção e incerteza.
A menos de 60 km da superfície do oceano, o navio começou a suportar os estragos das altas temperaturas, de até 400oC, que são produzidas durante esta manobra devido à manta de plasma que envolve qualquer objeto que entra na atmosfera em subida velocidade. Naquele momento a nave viajava a mais de 16 milénio km/h e, graças à transmissão ao vivo oferecida pela própria SpaceX, foi verosímil observar uma vez que um dos flaps frontais da Starship, dispositivos responsáveis por controlar a segurança da nave, Começava a perder as placas de proteção e deteriorava-se gravemente, o que suscitava temores de que o navio perdesse o controle no meio de uma manobra ou que o fizesse quando os foguetes do navio fossem religados para que pudesse restaurar a posição vertical. e terreno.

Nave da SpaceX já está no ar
Mas a nave aguentou e finalmente pousou conforme planejado. O próprio Musk não conseguiu esconder sua empolgação quando postou em sua conta X que “apesar da perda de muitas peças e de uma aba danificada, a nave estelar conseguiu um pouso suave no oceano!”
De referir ainda que normalmente, durante a reentrada na atmosfera, as comunicações entre as naves espaciais e a Terreno são perdidas, precisamente devido à manta de plasma que se cria e que interfere nas comunicações. Nesta ocasião foi verosímil vê-lo em todo o seu drama graças à relação oferecida pela Starlink, empresa de relação à Internet via satélite também propriedade de Musk. Precisamente, um dos usos futuros da Starship será o lançamento de satélites Starlink maiores.
Neste quarto de voo, em vez de atingir a trajectória planeada, o objetivo era “provar a capacidade de retorno e reutilização da Starship e Super Heavy”, o que inclui conseguir “uma ingressão controlada” da nave. Na tentativa de março pretérito, nenhuma das duas etapas conseguiu retornar à Terreno

Mais uma foto da ‘SpaceX’ decolando no Texas, nesta quinta-feira
Nesta ocasião, nem o foguete nem a invólucro foram recuperados para serem reaproveitados, o que acontecerá em futuros lançamentos, já que é um dos pontos fortes do projeto Starship. O objetivo desta quarta tentativa era que tanto o propulsor quanto a nave sobrevivessem e retornassem intactos.
O sucesso desta missão é muito importante. Oferecido o seu menor dispêndio e maior capacidade de trouxa útil, a Starship e o foguete Super Heavy são a grande aposta de Musk e da NASA para que o varão retorne à Lua em breve – presumivelmente em 2026 – além de uma futura viagem tripulada a Marte.
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