Setembro 20, 2024
Teatro britânico homenageia Nuria Espert

Teatro britânico homenageia Nuria Espert

A prestigiada tradutor e encenadora Nuria Espert recebeu na segunda-feira o título de Doutor Honoris Justificação da Royal Meão School of Speech and Theatre, numa protocolo realizada na Embaixada de Espanha em Londres. Alunos da prestigiada escola, atores e atrizes que trabalharam com ela, além de personalidades britânicas das artes ali reunidos.

A Royal Meão School of Speech and Drama, agora secção da Universidade de Londres, produziu personalidades extraordinárias das artes dramáticas britânicas. Entre eles destacam-se desde Laurence Olivier a Peggy Ashcroft ou Judi Dech, de Julie Christie a Harold Pinter, dos irmãos Redgrave, Lynn e Vanessa, até ao grande produtor de musicais e concertos Cameron MacKintosh.

A diretora da escola, Josette Bushell-Mingo, afirmou que “não são frequentes os momentos em que se pode estar próximo do poder e da influência de uma artista porquê Nuria Espert”. “Aprender sobre o seu trabalho tem sido uma verdadeira inspiração, reflete porquê o poder de uma pessoa pode mudar a vida de muitos e a força imparável das artes para clamar a verdade e a humildade.”

María Fino, filha de uma das crianças do País Cantábrico, em Inglaterra, na Guerra Social e promotora desta iniciativa, descreve-a no seu livro ‘Otro’ Teatro Español’ porquê “uma actriz internacional nos palcos espanhóis”. Nascente historiador do teatro e do cinema espanhol destaca o grande saudação com que o trabalho de Espert foi recebido no Reino Unificado, França e outros países europeus.

O trabalho desta “atriz internacional nos palcos espanhóis” foi recebido com grande saudação no Reino Unificado e na França

A rapariga nascida em Hospitalet de Llobegrat, em 1935, filha de pai marceneiro e mãe trabalhadora numa fábrica têxtil, acompanhou os pais até aos ‘niues d’art’, ninhos de arte, que eram bares com uma plataforma onde os trabalhadores Sáb. Eles se reuniam para trovar zarzuela ou ópera e recitar versos. A partir daí pôde frequentar a escola e uma ensino que desde muito jovem foi voltada para o teatro.

Fino, professora da Universidade de Londres, acompanha agora Espert na sua passeio espanhola com a peça ‘La isla del aire’, e fala com exalo do duende e do poder da atriz, produtora e realizadora de origem catalã. Ele estudou sua curso com grande pormenor e espanto e a considera uma artista extraordinária, com reputação semelhante à lendária Margarita Xirgu, no início do século XX.

Amiga de Glenda

No início da conversa, Fino recorda a sua encenação de ‘La Moradia de Bernarda Alba’ em 1986. «Não havia disco de García Lorca em Inglaterra, diziam que soava estranho em inglês, e ela abriu o mundo anglo-saxónico para Federico García Lorca. Com um elenco espetacular”, lembra. Estabeleceu estreita amizade com Glenda Jackson, a quem deu o papel principal de Bernarda.

A inglesa inspirou-se mais tarde no feito da amiga, que aos 80 anos interpretou o Rei Lear, aquela figura de William Shakespeare, cega para compreender a verdade e as mentiras, arrependida do anterior desdém pela filha leal. O grande Jackson, também uma força da natureza, decidiu imitá-la. E as duas mulheres, aos oitenta anos, selaram a imagem contemporânea daquele rei que o trovador também retratou porquê um varão de 80 anos.

Nuria Espert e Glenda Jackson selaram a imagem contemporânea do Rei Lear, que Shakespeare retratou porquê um varão de 80 anos

Essa direção do trabalho de Lorca abriu para ele as portas dos palcos britânicos; também para a direção e encenação de óperas, na Scottish Opera de Glasgow ou na Royal Opera House de Covent Garden, em Londres. Na homenagem realizada esta segunda-feira estiveram quatro atrizes do seu elenco de ‘A Moradia de Bernarda Alba’, muito porquê participantes nas suas versões operísticas de Madame Butterfly, Rigoletto ou Carmen.

Núria Espert, no seu discurso após receber um doutoramento honoris causa da Royal Central School of Speech and Drama da Universidade de Londres.

Núria Espert, no seu exposição em seguida receber um doutoramento honoris motivo da Royal Meão School of Speech and Drama da Universidade de Londres.

Éfe

Espert já havia causado possante impacto em Londres em um festival internacional na dez de 1970. Em colaboração com um dramaturgo prateado de vanguarda radicado em Paris, Víctor García, apresentaram versões memoráveis ​​de ‘Las Criadas’ de Jean Genet, ‘Yerma’ de Lorca e também a obra mais universal de Valle-Inclán, ‘Divinas Palabras’. As suas apresentações no Teatro Pátrio em junho de 1977 coincidiram com as primeiras eleições democráticas em Espanha desde a era da república.

Uma vida de “cambalhotas”

Em seu exposição de recepção do prêmio, Espert lembrou que seu primeiro papel notável, o de Medeia, se deveu à doença da atriz titular. «A minha vida é feita de cambalhotas e algumas quedas, mas zero grave. Demonstrou carinho por “esta cidade e a sua gente do teatro, que adoro e que me acolheu porquê um deles”. O prêmio é “paradoxal e peculiar” porque ela não frequentou a universidade. Mas “os livros, todos os livros, têm sido a minha protecção”, disse aos presentes na protocolo do seu doutoramento em palco.

Da mesma forma, destacou que onde quer que vá lhe oferecem uma cadeira, “mas prefiro continuar caminhando”. Para provar isso, recitou com nitidez e força os famosos versos “Virente que te Quiero Virente”, do romance Somámbulo de seu admirado García Lorca.

Fonte

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *