Outubro 1, 2024
Um país entre piscinas |  Dia a dia

Um país entre piscinas | Dia a dia

Você sabe de uma coisa?, foi a mensagem que chegou até você no telefone ou em alguma conversa. “E você que está na rádio, não sabe de zero?” perguntaram, sem se aperceberem que, precisamente, o que a rádio faz é descrever, não emudecer. O que você sabe?, e você respondeu da única maneira que podia: e você?, porque dessa vez pessoas que geralmente sabem, mas não sabem, também estavam perguntando. E foi logo que passamos o término de semana: entre piscinas. Se todos temos um treinador dentro de nós, liberámos o preditor do que o imprevisível vai fazer, para que, o que quer que Pedro Sánchez vá manifestar, todos possamos manifestar quando ele o disser: eu sabia.

Um país entre piscinas | Crônica de Sastre

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Em Ferraz Raffaella Carrá jogou e Quevedo jogou e o Comitê Federalista – órgão que demitiu Sánchez naquele ano – poderia seguir porquê as partidas de futebol, com telões na rua, para pedir-lhe que ficasse. Uma revelação pelo paixão à democracia chegou às portas do Congresso ontem, domingo.

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Há vivas nas redações e nos grupos de WhatsApp e as redes se encheram de memes para entreter essa espera. Na exiguidade de informações, as crônicas começaram a relembrar e relembrar o precedente da repúdio de Suárez ou as moções de crédito de Suárez ou Felipe González. Na verdade, González não aparecia tanto na televisão desde a sua oposição à anistia. É evidente que portanto não eram imagens de registro, mas sim reações rápidas que agora, por qualquer motivo, não ocorreram. Foi um término de semana porquê outro qualquer: esplanadas e planos de primavera, Madrid venceu, Feijóo disse que não se via tanto autoritarismo desde Franco.

Um término de semana porquê os outros e, ao mesmo tempo, um término de semana porquê nenhum outro, porque oriente país que espera tanto por tantas coisas nunca esperou por alguma coisa assim. Na falta de informação, as pessoas agarram-se ao que podem, porquê os antigos tweets de Pedro Sánchez, porque há sempre um que cabe e serve de oráculo. Ontem circulou aquele que diz: até amanhã. Hoje pode intercorrer porquê naquelas sequências típicas de cinema em que você vê uma empresa e uma oficina e uma lar e o balcão de um bar com pessoas esperando silenciosamente no rádio e na TV logo que vai romper para que todos compartilham a surpresa – quer saiam ou fiquem – desde que possam manifestar: eu sabia.

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