Novembro 15, 2024
Venezuela detém o ex-ministro do Petróleo Tareck El Aissami, até recentemente um político íntimo de Maduro

Venezuela detém o ex-ministro do Petróleo Tareck El Aissami, até recentemente um político íntimo de Maduro

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As placas tectônicas do chavismo receberam um potente espavento nesta terça-feira. A Procuradoria da Venezuela anunciou a prisão do ex-ministro Tareck El Aissami, político que até há um ano e meio pertencia ao círculo de crédito de Nicolás Maduro. El Aissami estava num limbo jurídico desde que foi desvelado um mega esquema de prevaricação que afetou a PDVSA, a empresa petrolífera estatal que ele geriu porquê ministro. Fala-se de um ramal de 21 bilhões de dólares na empresa. Muitos se perguntaram por que as autoridades venezuelanas não anunciaram quaisquer acusações contra ele. Para que isso acontecesse foi preciso passar muito tempo, às vésperas das eleições presidenciais que serão realizadas no dia 28 de julho. O chavismo divulgou imagens de El Aissami algemado em uma quartinho e caminhando por um recinto escoltado por um policial com o rosto enroupado. Ele é a própria imagem de um chavista desgraçado.

Junto com sua prisão, o procurador-geral, Tarek William Saab, também anunciou a tomada de outro ex-ministro, Simón Zerpa, também madurista na era, e do empresário Samark López, identificado porquê testa de ferro de El Aissami. Oriente último é o mais importante de todos. Ele foi deposto há um ano da estatal PDVSA, do Ministério do Petróleo e do círculo do presidente. O Governo, até agora, nunca tinha reconhecido que tinha um mandado de detenção contra ele, mas o funcionário desapareceu da vida pública durante o último ano. A terreno o engoliu. “A confirmação da prisão ocorre depois de um ano sem se saber o paradeiro do ex-ministro do Petróleo, posteriormente a revelação do projecto de prevaricação divulgado porquê PDVSA-Cripto”, disse Saab à mídia. No entanto, sabe-se que se encontrava em lar, doente, e que teve relações com diplomatas estrangeiros: o seu paradeiro rigoroso não era mistério. “Temos uma competição para, no meio de uma investigação, obter informações. Em relação a esta trama, a partir de 2017, quando iniciamos a cruzada contra a prevaricação”, acrescentou o procurador sobre a forma porquê chegaram a esta tomada.

Membro da Polícia Nacional Anticorrupção prende Tareck El Aissami pela sua participação num complô de corrupção, neste dia 9 de abril.
Membro da Polícia Pátrio Anticorrupção prende Tareck El Aissami pela sua participação num complô de prevaricação, neste dia 9 de abril.Deputado Venezuela

Outro dos detidos, Simón Zerpa, era ministro da Economia e Finanças e ex-presidente do Fonden, um fundo de desenvolvimento criado por Hugo Chávez em 2005 onde foram depositadas as receitas excedentárias do petróleo e acabou por se tornar uma centrífuga de prevaricação. Samark López, assim porquê El Aissami, faz secção do envolvente chavista que desde 2017 é sancionado pela OFAC dos Estados Unidos por supostos crimes de lavagem de verba.

O promotor apresentou fotos dos detidos algemados e revisou os detalhes do caso pelo qual foram presas 54 pessoas, entre as quais estão outros altos funcionários do governo porquê Joselit Ramírez, da Superintendência Pátrio de Criptoativos, o ex-deputado Hugbel Roa, ambos de periferia de El Aissami. “O objectivo deste grupo malévolo era destruir a economia do país, independentemente dos danos das 930 medidas coercivas unilaterais que se transformam em violência massiva contra os direitos humanos.”

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As prisões ocorrem um ano depois de um silêncio hermético. A queda definitiva de El Aissami – poderoso e temido operador do chavismo, em torno do qual se organizaram importantes camadas do atual capital pátrio – parece fechar o capítulo de uma fraude faceta à país, orquestrada sob a sombra de sanções internacionais, numa era em que os cofres da República, a produção petrolífera do país e a economia estavam completamente falidos, no meio de uma êxodo massiva de pessoas.

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Esta pode ser a purga mais radical e impiedosa levada a cabo no chavismo desde que leste chegou ao poder e levada a cabo pelo procurador Saab, um coligado de Maduro. El Aissami não é recluso por divergências ideológicas, mas por ter posto em risco o trânsito do navio revolucionário, abusando da sua mando. Os excessos de Tarek El Aissami, porquê os de Rafal Ramírez, que esteve avante da PDVSA durante uma dezena e que se distanciou do Governo de Maduro que mais tarde o acusou de prevaricação, foram repetidamente denunciados por porta-vozes da oposição venezuelana pela sua relação direta com a falência pátrio, principalmente depois de o governo dos Estados Unidos o ter culpado diretamente de fraude, suborno e preços excessivos em numerosas operações internacionais em nome da República e ter imposto sanções. A resposta habitual de El Aissami foi salientar que, “porquê revolucionário”, ele tinha “a sua moral intacta”.

Já foi defendido em público por Maduro, que lhe abriu caminho para ter mais poder. Em 2019, o presidente garantiu que os Estados Unidos atacavam El Aissami por pertencer a uma família mouro. “Ele é um varão corajoso, que não tem preço. Ele é um verdadeiro patriota, um revolucionário, um socialista. “Eu o conheço muito muito.” O ex-funcionário chegou ao chavismo porquê deputado. Ele veio da juventude do Partido Socialista Unificado da Venezuela e de lá ascendeu a vice-ministro e depois ministro do Interno e da Justiça, durante o maior pico de homicídios que a Venezuela viveu. Tal porquê Maduro, Hugo Chávez também atestou a sua probidade na televisão. “Tenho absoluta certeza da honestidade, transparência e caráter revolucionário e verdadeiro do ministro Tareck El Aissami”, disse ele em meio a alguma crise desencadeada em sua gestão e em 2012 o ungiu porquê seu candidato ao governo de Aragua, um estado industrial, no meio do país, que acabou vencendo. A partir daí começou a expandir seus tentáculos para diversos negócios ligados ao Governo.

El Aissami foi preso por sua participação em um megaesquema de corrupção que afetou a PDVSA, a petrolífera estatal da qual era ministro.
El Aissami foi recluso por sua participação em um megaesquema de prevaricação que afetou a PDVSA, a petrolífera estatal da qual era ministro.Deputado Venezuela

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