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Onde estamos com a epidemia de varíola dos macacos? A contaminação pelo vírus mpox teve um salto em França em 2022, afectando a grande maioria dos homens. Desde então, esta doença, que pode ser transmitida através do contacto próximo e sexual, não desapareceu. Mas a sua propagação permanece relativamente baixa em França, em comparação com outras regiões do mundo, começando por África. A Organização Mundial da Saúde (OMS) também poderá declarar uma nova emergência de saúde pública internacional, indicou este domingo o seu diretor-geral. Le Parisien faz um balanço.
Como o vírus circula na França?
Primeira observação, o número de casos de mpox notificados desde o início de 2024 “diminuiu significativamente em comparação com o número notificado em 2022”, observa a Public Health France num boletim de junho. De 1º de janeiro a 30 de abril, foram registrados apenas 53 pacientes: 14 em janeiro, 13 em fevereiro, 12 em março e 14 em abril. Para efeito de comparação, as autoridades registaram quase 3.500 casos em Agosto de 2022, desde o início da epidemia.
Todas as contaminações observadas em 2024 dizem respeito a adultos, entre 18 e 65 anos. Apenas um caso foi registrado em uma mulher. Mais de um terço residia na Île-de-France, mas outras regiões também relatam um número significativo de infecções confirmadas, como Auvergne-Rhône-Alpes (12) e Nouvelle-Aquitaine (8).
Entre estas pessoas, apenas uma foi hospitalizada, devido a uma “superinfeção bacteriana de lesões cutâneas”. Nenhuma morte foi observada. O vírus – o do clado (ou variante) II, que também atingiu a Europa e os Estados Unidos – ainda circula “discretamente”, observa a Public Health France. Tenha em atenção, no entanto, que a monitorização da varíola dos macacos se baseia em “notificações obrigatórias”. Mas pode não ser exaustivo; alguns casos com formas moderadas podem, por exemplo, não ser consultados.
Como lembrete, a varíola dos macacos é transmitida de animais para humanos, mas também pode ser transmitida por contato próximo e sexual. Os sintomas começam com febre, fadiga ou até dores musculares. Depois, podem aparecer manchas e lesões na pele (inclusive nos órgãos genitais). Um teste PCR permite então confirmar – ou não – a presença do vírus.
E em outro lugar?
A OMS está preocupada com uma ameaça à saúde global, face ao surto epidémico de mpox, particularmente em vários países africanos. Os primeiros casos foram observados no Uganda, Ruanda, Quénia e Costa do Marfim. Mas é sobretudo a situação na República Democrática do Congo (RDC) que é preocupante, com mais de 11.000 casos registados, incluindo 450 mortes.
Desde setembro passado, uma nova cepa ainda mais mortal da variante se espalhou pelo país. Os testes revelaram que se tratava de uma nova variante, resultado de uma mutação do Clade I, chamada Clade Ib.
As autoridades também estão a assistir a uma expansão geográfica do vírus, com áreas urbanas agora afectadas, como em Kinshasa ou no Kivu do Sul. Perante esta observação, a Comunidade da África Oriental apelou aos países para “educarem os seus cidadãos sobre como se protegerem e prevenirem o desenvolvimento da Mpox”.
Também na Europa o vírus continua a espalhar-se, embora sem atingir os limiares observados em África. No total, 477 casos foram declarados por 20 países além da França, informa a Public Health France. Em detalhe, os principais países em causa são Espanha (208 casos), Itália (53), Reino Unido (33), Portugal (31) e Alemanha (30).
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