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“Cala a boca”, ordenou o deputado rebelde Thomas Portes ao discurso do deputado do RN Philippe Lottiaux esta quarta-feira durante uma pergunta ao governo sobre a guerra em Gaza.
“Cale a boca”, “saia”, “nós cuidaremos de você”… Uma pergunta ao governo provocou uma animada troca de ideias entre o deputado rebelde Thomas Portes e o seu homólogo da Reunião Nacional, Philippe Lottiaux, esta Quarta-feira, 30 de novembro. O partido de extrema-direita, através do seu presidente Jordan Bardella, denuncia “ameaças” “inadmissíveis”.
Tal como a LFI faz regularmente, um responsável eleito do grupo apela ao governo sobre a guerra travada por Israel em Gaza, em resposta ao ataque do Hamas em 7 de Outubro. É a rebelde Nathalie Oziol quem fala no hemiciclo. E segundo o relato da sessão, o deputado do RN Julien Odoul então ironiza: “Ah!
“Eles são seus amigos, os terroristas”
A autoridade eleita de Hérault continua as suas observações, voltando mais particularmente à proibição das atividades em Israel da Agência das Nações Unidas de Assistência e Obras aos Refugiados da Palestina no Médio Oriente (Unrwa), votada pelo Parlamento israelita na segunda-feira, 28 de outubro. Ela adverte: “Proibir a UNRWA é condenar o povo palestino e os trabalhadores humanitários da UNRWA à morte com um sofrimento abominável”.
Chovem comentários da extrema direita no hemiciclo: “Eles (os rebeldes) estão de mãos dadas com o Hamas”, acusa Julien Odoul; “Eles são terroristas”, acrescenta Laurent Jacobelli. Philippe Lottiaux intervém pela primeira vez e repete: “estes são os seus amigos, os terroristas!”
Nathalie Oziol evoca então as críticas implícitas de Emmanuel Macron a Benjamin Netanyahu, durante a conferência para o Líbano, organizada na passada quinta-feira. “Não tenho certeza de que defendemos uma civilização semeando nós mesmos a barbárie”, declarou o presidente.
“Isto rendeu-lhe os mesmos procedimentos infames sofridos pelo La France insoumise”, julga o deputado, embora o partido tenha sido por vezes acusado de anti-semitismo desde o início da guerra entre o Hamas e Israel.
“Nós cuidaremos de você.”
“Ele teria feito melhor em ficar calado”, denuncia Philippe Lottiaux. Nathalie Oziol continua, evocando “o comunicado de imprensa do Conselho Representativo das Instituições Judaicas de França”, que denunciou o “excesso” e o “desperdício”, após as declarações de Emmanuel Macron. L’Insoumise pergunta se o governo condena esta reação, enquanto Philippe Lottiaux “protesta”, segundo o relatório da Assembleia.
“Cala a boca! Nós cuidaremos de você”, “vá em frente e saia”, devolve o rebelde Thomas Portes. “Vamos nos explicar lá fora, você verá”, disse o deputado de Seine-Saint-Denis. Por sua vez, Nathalie Oziol tenta o melhor que pode concluir e menciona estes “mais de 43 mil mortos e mais de 100 mil feridos em Gaza” desde o início do conflito. “Estas são as estatísticas dos seus amigos do Hamas”, responde Philippe Lottiaux. Thomas Portes responde novamente: “Cala a boca!”.
“Comportamento de escória, infelizmente comum neste lado da Assembleia…” denunciou esta sexta-feira o deputado Philippe Lottiaux, enquanto Jordan Bardella considerou que isso revelava “a verdadeira face da extrema esquerda”. Presidente do observatório nacional da extrema direita, Thomas Portes é um fervoroso opositor do RN e regularmente confronta vigorosamente o movimento de Marine Le Pen.
Um exercício político que já causou polêmica no passado. Num contexto diferente, exibiu o pé num balão com a imagem de Olivier Dussopt, então Ministro do Trabalho, durante os debates sobre a reforma das pensões. O eleito foi então excluído do Palais-Bourbon e dos trabalhos da Assembleia durante 15 dias de sessão. A sanção mais grave prevista no Regulamento da instituição, acompanhada de privação, durante dois meses, de metade do seu subsídio parlamentar.
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