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Cerca de cinquenta deputados criticam a eurodeputada da LFI por ter participado num comício “pró-Hamas”, o que ela contesta. Segundo Le Point, eles fizeram um relatório ao Ministério Público de Paris e solicitaram o levantamento da sua imunidade parlamentar.
Nova polêmica para Rima Hassan. Cerca de cinquenta deputados do Renascimento denunciaram aos tribunais a sua presença numa manifestação recente, “pró-Hamas”, segundo eles, vendo-a como uma forma de “apologia ao terrorismo”, que o eurodeputado da LFI contesta veementemente, segundo documentos enviados à AFP neste Quinta-feira, 22 de agosto de 2024.
Durante esta manifestação, no dia 16 de agosto em Amã, na Jordânia, foram brandidos “dezenas de cartazes” em homenagem ao líder do Hamas, Ismaïl Haniyeh, morto em 31 de julho em Teerã, afirmam os signatários deste relatório enviado quarta-feira ao Ministério Público em Paris, e revelado pela revista semanal Le Point.
Uma provocação, segundo os deputados
Os deputados, incluindo a porta-voz do governo demissionário, Prisca Thevenot, consideram que o eleito rebelde demonstrou, portanto, de forma “provocativa”, “apoio mal dissimulado à organização terrorista Hamas”, no quadro de uma política “islâmica e pró- manifestação terrorista”.
Rima Hassan “participou sem limites, durante vários meses, na disseminação do ódio aos judeus na Europa, nomeadamente adoptando vários clichés conspiratórios antijudaicos e negando ao Estado de Israel o direito de existir”, afirmam ainda os eurodeputados, noutro carta dirigida desta vez à Presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola.
Pedem-lhe que levante a imunidade parlamentar da autoridade eleita rebelde “se for instaurado um processo contra ela”.
Não é “uma manifestação pró-Hamas”, garantem os rebeldes
“São manobras que não se baseiam em nada”, comentou Rima Hassan à Agence France-Presse.
Os seus acusadores são “conhecidos pela sua posição de apoio a um regime genocida que luto e que continuarei a lutar com ou sem mandato como eurodeputada”, acrescentou.
Para a governante eleita rebelde, o encontro onde esteve presente no dia 16 de Agosto foi uma manifestação “habitual” organizada todas as sextas-feiras em Amã para apoiar a causa palestiniana, e “não é de forma alguma uma manifestação pró-Hamas ou em homenagem ao líder do Hamas.
“Em todas as manifestações na região, seja no Líbano ou na Jordânia, há manifestantes que podem mostrar o seu apoio ao Hamas, mas não posso ser responsável por isso”, acrescentou.
Outra polêmica ao mesmo tempo
O advogado franco-palestiniano criou ao mesmo tempo uma nova polémica ao afirmar-se na rede social no âmbito do dia internacional de homenagem às vítimas do terrorismo, comemorado quarta-feira.
“Para a maior parte do mundo fora do pensamento hegemónico ocidental, ninguém liga o 7 de Outubro ao terrorismo no contexto da ocupação e colonização da Palestina, que continua desde 1948”, acrescentou.
Escritos imediatamente desmentidos pela esquerda, em particular pelo líder dos deputados socialistas Boris Vallaud e pelo seu colega rebelde Aymeric Caron – embora particularmente comprometidos contra a intervenção militar israelita em Gaza – que reagiram com as mesmas palavras: “Os ataques do Hamas em 7 de Outubro são atos terroristas.”
A deputada da LFI, Ersilia Soudais, decidiu prestar o seu “apoio total” à sua “camarada Rima Hassan face à intimidação dos apoiantes do genocídio”.
O deputado socialista Arthur Delaporte, por seu lado, apelou à LFI para “condenar claramente” as palavras de Rima Hassan, lembrando que o programa da Nova Frente Popular é “inequívoco” neste ponto.
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